Expertise de Cingapura vai ajudar na formação de professores em SC
Movimento SC pela Educação está em missão no país asiático até sábado (6)
A formação de professores de ciências e matemática em Santa Catarina poderá contar com a expertise do Instituto Nacional de Educação (NIE, na sigla em inglês) de Cingapura. A delegação do Movimento Santa Catarina pela Educação discutiu as tratativas para o estabelecimento de uma parceria nesta quarta-feira (3) com o diretor da instituição, Lee Sing Kong.
A comitiva é formada pelos presidentes da Fecomércio SC (Bruno Breithaupt) e da Fiesc (Glauco José Côrte), o assessor do Movimento SC pela Educação, Antônio José Carradore, o diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Ramos Neves, o vice-presidente da Fecomércio SC, Célio Spagnoli, além de representantes do Sesc SC, incluindo o diretor regional, Roberto Anastácio Martins, o diretor de programação social, Eduardo Makowiecki Júnior, e o gerente de Educação, Valdemir Klamt.
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Na reunião com a comitiva, Lee destacou que era preciso formar os professores com habilidades para enfrentar os desafios do século XXI, como criatividade e pensamento crítico. Segundo ele, a clareza dos objetivos, aporte de recursos, foco na gestão dos resultados, com investimentos na formação de professores e na infraestrutura das escolas, foram determinantes para posicionar o país na liderança mundial em educação.
O encontro abriu as portas para a cooperação entre o NIE e o Movimento Santa Catarina pela Educação, com a participação do Instituto Ayrton Senna. Os detalhes operacionais desta parceria devem ser discutidos nos próximos meses. O diretor também convidou o Movimento SC a participar do Futuring Education Leading Change, em julho.
A cooperação para a capacitação de professores catarinenses já tinha sido discutida na terça-feira com o embaixador brasileiro em Cingapura, Flávio Damico, que se mostrou motivado em articular parcerias com esse objetivo.
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“Pai” da reforma educacional
Lee participou ativamente das mudanças na capacitação dos professores em Cingapura, quando o Ministério da Educação resolveu empreender mudanças de maneira que os egressos do sistema de ensino se tornassem relevantes no século 21. Estas transformações colocaram Cingapura na liderança nas três categorias – matemática, ciências e leitura – avaliadas no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês) da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo ele, a educação deixou de ser “passiva” (como ocorria no século 20) para ser, no século 21, um processo “ativo”, em que o estudante é o centro e responsável pelo próprio aprendizado. Neste novo modelo, o professor passa a ser um facilitador e não mais o principal fornecedor de conteúdo.