Receita do comércio de SC em 2014 é a pior da série histórica e não repõe aumento dos custos

Atualizado em 11 fevereiro, 2015

A Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE, apontou uma variação de 1,7% no volume de vendas em Santa Catarina, em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Quanto à receita nominal, a variação acumulada em 12 meses é de 6,1%. Em dezembro, o comércio varejista catarinense reduziu pelo oitavo mês consecutivo o volume de vendas no acumulado de 12 meses – passando de 3,6% em abril de 2014 para 0,4%, o pior resultado desde 2002. A variação da receita nominal foi de 6,5% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que dá um resultado real de apenas 0,1% levando em consideração o IPCA daquele mês de 6,4%. Isso significa que a receita obtida não está sendo suficiente para repor o aumento dos custos, o que impacta negativamente nas margens de lucro dos empresários.

Para a Fecomércio SC, os resultados preocupam, pois a desaceleração do setor está se prolongando por um longo período. Isso prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a estagnação econômica. A inflação persistente, o crédito restrito, as elevadas taxas de juros e a perspectiva de deterioração da renda e do emprego por parte das famílias explicam este mau momento para o comércio. Para 2015, a expectativa é que a recuperação se dê de maneira lenta, pois as medidas de ajuste anunciadas pela presidente Dilma têm caráter recessivo no curto prazo, mas são necessárias e capazes de melhor a situação econômica e o ambiente de negócios a partir do último quadrimestre do ano.

Números do Brasil

De acordo com a pesquisa do IBGE, em dezembro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista do país apresentou taxas de -2,6% para o volume de vendas e de -2,4% para a receita nominal. Ambos foram os primeiros resultados negativos após quatro meses consecutivos de crescimento. A média móvel do volume de vendas ficou estável (0%) e a da receita variou 0,3%. Em relação a dezembro do ano anterior, o volume de vendas variou 0,3% e a receita, 6,0%. No acumulado do ano, o volume foi a 2,2% e a receita, a 8,5%. A taxa acumulada em 2014 foi de 2,2% em relação ao ano anterior (série sem ajuste), resultado menor que o de 2013 em relação a 2012, que foi de 4,3%, e o pior resultado para o ano desde 2003.

Em relação ao mês anterior com ajuste sazonal, as 10 atividades pesquisadas registraram resultados negativos no volume de vendas, cujas taxas foram de: -9,9% em Móveis e eletrodomésticos; -9,4% em Veículos e motos, partes e peças; -9,2% para Livros, jornais, revistas e papelarias; -8,8 em Equipamentos de escritório, informática e comunicação; -7,3% para Tecidos, vestuário e calçados; -2,7% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; -1,1% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -0,7% para Material de construção; -0,5% em Combustíveis e lubrificantes; e -0,1% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

Já na comparação de dezembro de 2014 com igual mês do ano anterior (série sem ajuste), para o volume de vendas, quatro das oito atividades do varejo registraram variações positivas, sendo, por ordem de contribuição no resultado global, as seguintes: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,0%); Combustíveis e lubrificantes (2,0%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 7,4%. As atividades cujas taxas exerceram impactos negativos na composição global foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,6%); Tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%) e Móveis e eletrodomésticos, com -3,6%.

Veja a pesquisa na íntegra aqui.
 

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