Consumo das famílias catarinenses reflete a insegurança do cenário econômico brasileiro

Atualizado em 24 fevereiro, 2015

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias Catarinenses de fevereiro revela que, mesmo diante de um cenário de insegurança na economia brasileira, os catarinenses ainda mantêm otimismo em relação às suas possibilidades de consumo. Em fevereiro, os itens avaliados pela ICF tiveram variação negativa de -1,2%, na comparação com janeiro. No ano, outra queda de -3,5%. A intenção de consumo alcançou 129,1 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, um patamar considerado positivo.

Para a Fecomércio SC, a ICF de fevereiro se mantém em um patamar elevado. No entanto, o contexto atual de oferta de crédito restrita, elevados juros e menor crescimento da renda real impede um maior crescimento nas vendas no comércio. A entidade acredita que as famílias catarinenses estão em um momento de cautela diante da insegurança causada pelos ajustes econômicos propostos pelo governo. Assim, a tendência é de recuperação da intenção do consumo somente a partir do final de 2015.

Emprego, renda e consumo atuais
A ICF de fevereiro manteve números positivos para emprego, renda e consumo atuais. A confiança em relação à renda atual subiu 1,7% na comparação mensal e 0,8% na anual. O consumo atual, por sua vez, caiu 2,7% no mês e se mantive praticamente estável no ano, variando 0,1%. Já o nível de emprego caiu -1,7% entre os meses de janeiro e fevereiro e teve variação negativa de -1,0% entre 2014 e 2015. Em termos absolutos, os indicadores de emprego, renda e consumo atuais se encontram com 140,3 pontos, 166,2 pontos e 110,3 pontos, respectivamente.

Perspectiva profissional
O indicador perspectiva profissional apresentou uma alta de 1,6% na comparação mensal e de 5,3% na comparação anual. Apesar de o índice ser elevado em termos absolutos, está em um patamar considerado muito baixo, de 100,1. Isso demonstra que a situação de pleno emprego já não possui mais margem de expansão, o que pode ser confirmado pelo balanço de 2014 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no qual o índice de saldo de vagas de 2014 foi o pior desde 2008.

Acesso ao crédito
O acesso ao crédito apresentou queda de -1,1%. Na comparação anual, houve redução de -3,1%. Os resultados negativos revelam que as condições de pagamento estão menos favoráveis ao consumidor, devido às altas taxas de juros e ao elevado comprometimento da renda com dívidas. Em termos absolutos, no entanto, o índice de acesso ao crédito ainda é alto, de 140,3 pontos.

Perspectiva de consumo
O indicador perspectiva de consumo acumulou 101 pontos, com queda de -7% na comparação mensal e de -16,6%, entre 2014 e 2015. A expressiva queda anual está associada ao crescimento reduzido da renda e aos elevadíssimos juros atuais.

Momento para duráveis
Em sintonia com a perspectiva de consumo, indicador momento para duráveis caiu -0,1% entre janeiro e fevereiro. Na comparação anual, registrou queda de -8,5%. Em termos absolutos, está com 145,3 pontos. Mais uma vez, os resultados negativos refletem a retração do crédito, bem como as medidas de ajustes adotadas pelo governo.

Confira a pesquisa completa.

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