Volume dos estoques no Oeste do Estado tem perda de 32% com a greve dos caminhoneiros

Atualizado em 27 fevereiro, 2015

A Fecomércio SC realizou uma sondagem com 34 estabelecimentos comerciais catarinenses (supermercados, hipermercados, atacadistas e restaurantes) para avaliar o impacto econômico da paralisação dos caminhoneiros no Estado, principalmente na região Oeste, onde, desde o dia 18 de fevereiro, ocorrem o maior número de bloqueios nas rodovias. Foram entrevistados empresários de seis cidades: Chapecó, Joinville, Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Lages.

A pesquisa revelou que 64,7% dos empresários ouvidos foram afetados de alguma maneira com a paralisação dos caminhoneiros. Apenas em Itajaí, os empresários ouvidos relataram que ainda não foram afetadas, mas temem que venham a ser, caso a paralisação prossiga. O maior problema sentido pelos empresários foi a ameaça de desabastecimento, em razão da não entrega de produtos nos prazos estipulados.

Produtos perecíveis

Os maiores prejuízos se relacionam com a perda de produtos perecíveis. Em Chapecó, na média, os empresários relataram que houve uma perda de -32% no volume de estoque . Em Joinville chegou a -25%, Florianópolis a -14,3% e Criciúma -10%. Em Lages, 67% dos empresários ouvidos relataram que pelo menos um produto perecível já não está mais disponível em seus estoques.

A sondagem constatou que houve uma redução de -10% das vendas entre as empresas consultadas. A cidade mais afetada foi Chapecó, com uma redução de -22,5% nas vendas durantes os dias de paralisação. No extremo, uma empresa de Chapecó relatou que as vendas caíram -40%. Nos demais municípios, o impacto nas vendas foi pequeno. Alguns empresários em Lages e Joinville observaram redução de -15% em seus volumes de vendas.

Quanto ao faturamento, observou-se que em média em Chapecó houve perdas -15,2% nos dias de paralisação, com picos de -45% em alguns estabelecimentos do Oeste do estado. Nas demais regiões, a perda do faturamento chegou a -30%, como relatou um estabelecimento em Criciúma e outro em Joinville. Em Lages, chegou-se a verificar perdas de até -15% em alguns estabelecimentos. Nos demais municípios pesquisados, o impacto no faturamento não chegou a ser significativo, mas poderá vir a ser caso a paralisação prossiga durante o fim de semana.

Fortalecimento dos estoques

Entre as empresas entrevistadas, 61,7% afirmaram que estão usando alguma estratégia para manter o estoque, as vendas ou o faturamento normais nos dias de paralisação. Novamente, a maioria dos casos aconteceu na região Oeste do Estado. A principal medida foi o fortalecimento dos estoques tão logo se iniciou a paralisação, ou seja, antecipou-se a compra de algumas mercadorias. Outros empresários relataram que conseguiram fornecedores que furaram o bloqueio.

Nas empresas atacadistas, houve quem limitasse o número de produtos que os clientes poderiam comprar. Também constatou-se que alguns empresários buscaram novos fornecedores que viessem de regiões não afetadas pelos bloqueios. Alguns empresários optaram por informar seus clientes através dos meios de comunicação a respeito da possível falta de produtos e, por fim, no extremo, algumas empresas tiveram que dispensar alguns trabalhadores durante os dias de paralisação.  

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