Emprego tem o pior junho desde 2010

Atualizado em 23 julho, 2015

A Pesquisa Mensal do Emprego, divulgada pelo IBGE, mostrou que a taxa de desocupação no país, no mês de junho (6,9%), ficou estatisticamente estável em relação a maio (6,7%) e aumentou 2,1 pontos percentuais em relação a junho do ano passado (4,8%). Foi a maior taxa para um mês de junho desde 2010 (7%).

Para a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego observado no mês de junho está fortemente relacionada com a estagnação da economia dos últimos meses, a queda dos índices de confiança empresariais e a perspectiva de recessão em 2015. Esses fatores retraem a demanda por emprego por parte das empresas e podem ser visualizados no número reduzido de criação de vagas. Em Santa Catarina, no primeiro semestre de 2015 houve redução de 80% no saldo de vagas formais.

Além disso, um dado que chama a atenção é a queda no rendimento médio real do trabalho em junho. Em termos de massa salarial, a quantidade de recursos disponíveis para o consumo também vem apresentando os menores resultados desde 2012. Isso já vem se refletindo na diminuição das vendas, e é um fator que, no futuro, pressionará ainda mais a taxa desemprego, visto que, com menos renda na família, a tendência é que mais pessoas saiam a buscar emprego, algo que nos últimos anos não estava sendo observado.

De acordo com a PME, a população desocupada (1,7 milhão de pessoas) ficou estável em relação a maio e cresceu 44,9% (mais 522 mil pessoas) em relação a junho de 2014. A população ocupada (22,8 milhões) ficou estável no mês e recuou 1,3% (ou menos 298 mil pessoas) no ano. A população não economicamente ativa (19,3 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,5 milhões) ficou estável no mês e recuou 2% (menos 240 mil pessoas) em relação a junho de 2014.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 2.149,10) subiu 0,8% em relação a maio (R$ 2.132,58 ) e recuou 2,9% contra junho de 2014 (R$ 2.212,87). A massa de rendimento médio real habitual (R$ 49,5 bilhões em junho de 2015) ficou estável no mês e caiu 4,3% em relação a junho de 2014. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 49,8 bilhões em maio de 2015) ficou estatisticamente estável em relação a abril e recuou 3,8% frente a maio de 2014.
 

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