Menor taxa de desemprego do país indica que SC tem melhores condições de superar a crise

Atualizado em 26 agosto, 2015

Santa Catarina mantém-se como o Estado com o menor nível de desemprego do país, com apenas 3,9% de taxa de desocupação, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo IBGE. Para a Fecomércio SC, isso demonstra um aspecto bastante positivo da economia catarinense e, certamente, é um dos elementos que garantirão a saída do Estado desta situação de retração econômica antes que o restante do país.

No último trimestre, Santa Catarina apresentou um rendimento médio real do trabalho acima da média nacional – R$ 2.033,00 contra R$ 1.882,00 – e um percentual de população ocupado bem elevado: 61,9%, sendo maior, inclusive, que a média da região sul, com 60,5%, e a nacional, com 56,2%. O resultado desses bons indicadores já pode ser visualizado na variação do volume de vendas em Santa Catarina no acumulado de 12 meses, que, segundo dados do IBGE, voltou a se situar acima da média nacional no mês de junho – fato que não ocorria desde 2012 -, com uma pequena variação positiva de 0,6 pontos percentuais comprada com maio, enquanto que, no Brasil, o indicador continuou em queda.

Brasil

A taxa de desocupação, no Brasil, segundo dados da PNAD, foi estimada em 8,3% no 2º trimestre de 2015, a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012. Esta estimativa cresceu tanto na comparação com o 1º trimestre de 2015 (7,9%) quanto com o 2º trimestre de 2014 (6,8%). No 2º trimestre de 2015, frente ao mesmo período de 2014, a taxa de desocupação cresceu em todas as regiões: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%). Entre as unidades da federação, a Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).

A população desocupada (8,4 milhões de pessoas) subiu 5,3% frente ao trimestre imediatamente anterior e, na comparação com o 2º trimestre de 2014, subiu 23,5%. O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,2% no 2º trimestre de 2015, permanecendo estável frente ao trimestre anterior e apresentando queda em relação ao 2º trimestre do ano passado (56,9%).

A população ocupada foi estimada em 92,2 milhões, e ficou estável frente ao trimestre imediatamente anterior e na comparação com o 2º trimestre de 2014. No 2º trimestre de 2015, 78,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, percentual estável em relação ao trimestre anterior e a igual trimestre de 2014.

De acordo com a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego brasileira no segundo trimestre reflete a situação da economia brasileira, com inflação elevada, acesso ao crédito restrito e com perspectiva de retração do PIB neste ano. Dessa maneira os índices de confiança dos empresários se reduzem e, por consequência, os investimentos tendem a ser mais conservadores.

Assim, com os investimentos em queda, reduz-se a oferta de emprego. Chama atenção também a estagnação na renda real média depois de sucessivas quedas comparação com o mesmo período anterior. Fato que já incide no volume de vendas do comércio, em declínio e na própria taxa de desemprego, já que com renda familiar menor, mais pessoas tendem a buscar emprego para complementar os ganhos da família.
 

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