Governo Federal anuncia R$ 83 bilhões em crédito

Atualizado em 29 janeiro, 2016

O governo federal anunciou na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) realizada no dia 28, em Brasília, a abertura de linhas de crédito no valor de R$ 83 bilhões. Segundo o governo, as medidas anunciadas buscam estimular a atividade econômica e evitar um impacto maior da recessão na taxa de desemprego.

Confira as linhas de créditos e os valores disponibilizados:

– R$ 10 bilhões para pré-custeio da safra agrícola 2016/2017 via Banco do Brasil;

– R$ 10 bilhões em recursos do FGTS para instituições financeiras contratarem novas operações de crédito imobiliário;

– R$ 22 bilhões em recursos do FI-FGTS (fundo de investimento do FGTS) em crédito para operações de infraestrutura;

– R$ 5 bilhões do BNDES para capital de giro de micro e pequenas empresas;

– R$ 4 bilhões em linhas de pré-embarque para exportações via BNDES;

– R$ 15 bilhões do BNDES para refinanciamento das operações que estão vencendo do PSI e do Finame com taxas de mercado, sem subsídio;

– R$ 17 bilhões (estimativa do governo) em recursos do FGTS para consignado ao setor privado com garantia da multa por demissão e 10% do saldo dos depósitos existentes.

Na avaliação da Fecomércio SC as medidas divulgadas pouco contribuem na capacidade de dinamizar a economia e o emprego em um período de recessão econômica vivida atualmente.

De acordo com o presidente da Federação, Bruno Breithaupt, a decisão pode beneficiar algumas empresas trazendo mais capital de giro, entretanto, o sucesso do pacote dependerá da confiança dos empresários e dos consumidores em geral.

"São eles que determinam o potencial de transformação do incentivo em investimento real, é preciso reaver a confiança que anda em baixa devido a falta de perspectiva na economia brasileira de um potencial crescimento de longo prazo”, ressalta.

Ainda segundo Breithaupt, incentivos na forma de crédito no momento atual servem como medidas paliativas. “Atualmente não falta crédito na economia brasileira, falta segurança por parte das empresas e do consumidor quanto ao retorno de seus investimentos, o que por sua vez produz uma elevação das taxas de juros pelas empresas de crédito, já que se aumenta o risco de inadimplência”, alertou.

A Federação acredita que um amplo programa de medidas, com reforma administrativa, tributária e trabalhista, para todos os setores econômicos é a única maneira de dinamizar novamente a economia brasileira, garantindo a retomada geral dos investimentos e a saída da atual armadilha de contração econômica e inflação pressionada.

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