Intenção de consumo das famílias em SC aumenta pela segunda vez em 2016

Atualizado em 09 março, 2016

A confiança do consumidor catarinense em fevereiro apresentou leve recuperação em relação ao mês anterior (2,8%), passando para 102,1, em uma escala que vai de 0 a 200 pontos. No entanto, o índice caiu 20,9% na comparação com o ano passado, conforme a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Fecomércio SC. No país, o indicador avançou 1,6% em comparação a janeiro e recuou anualmente -33,2%, atingindo 78,7 em fevereiro.

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A pesquisa cruza dados sobre emprego atual, perspectiva profissional, renda, acesso ao crédito, nível e perspectiva de consumo e momento para duráveis para medir a avaliação das famílias sobre sua condição de vida e a propensão ao consumo em curto e médio prazo.

Embora a renda (163,1pontos) e o emprego (124,8) estejam em patamares considerados otimistas em Santa Catarina, o consumo – formado pelo nível atual (72,1) e a perspectiva (47,1)- mantém-se abaixo dos 100 pontos pelo 12º mês consecutivo, apontando a percepção dos catarinenses sobre o prolongamento da recessão econômica. A consequência já pode ser vista na variação do índice de volume de vendas, que chegou a -3,1% em SC no ano passado, resultado mais baixo da série histórica iniciada em 2001.

A perspectiva profissional está em patamar baixo (95,8) e apresentou queda na variação mensal (-4,4%) e anual (-4,3%), explicada pelas demissões dos temporários após o verão.

“O cenário para o comércio catarinense ainda é desfavorável, mas sinaliza para a recuperação antes do comércio nacional se observarmos que temos a desaceleração da renda e do emprego menor que no resto do país. A recessão tem reflexo direto no consumo das famílias e no pessimismo do catarinense quanto o futuro profissional. O aumento na taxa de juros provoca o efeito dominó: influencia na queda do consumo, aumenta os riscos de inadimplência e desemprego, além de espantar a concessão de novos financiamentos. O cidadão precisa lidar ainda com inflação alta, aumento dos impostos e o consequente reajuste nos preços”, avalia Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

O acesso ao crédito se mantém abaixo dos 100 pontos pela sétima vez consecutiva (89,4), mas subiu depois de apresentar o menor nível da série histórica em dezembro. Na comparação anual, o índice sofreu uma forte queda de 36,3%, resultado das condições de pagamento debilitadas devido às taxas de juros e o comprometimento da renda com dívidas.

O momento para duráveis subiu 3% entre janeiro e fevereiro e encontra-se acima dos 100 pontos (122). Já no contexto anual, a queda foi de -16%. O indicador reflete a retração neste segmento bastante sensível às condições de acesso ao crédito, às medidas de ajustes adotadas pelo governo e ao corte de estímulos como a redução ou isenção do IPI.

Segundo Bruno Breithaupt, o consumo pode voltar a aquecer no fim do ano com a estabilidade nos níveis de juros, a recuperação do crédito e a inflação menor, capazes de devolver o poder de compra das famílias. 

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