Competitividade do turismo em SC depende de investimento em infraestrutura e inovação

Atualizado em 10 março, 2016

Os principais tomadores de decisão do turismo catarinense reuniram-se nos dias 9 e 10 de março para definir prioridades e ações para que Santa Catarina dê um salto nos próximos anos e se consolide como um destino globalmente reconhecido pela sustentabilidade, inovação e competitividade. O discurso do grupo técnico formado por representantes de empresas, universidades, terceiro setor, entidades, governo e banco de fomento foi uníssono: o Estado reúne todos os atributos ambientais e culturais que o visitante busca, mas precisa de investimento para oferecer infraestrutura, serviços, sustentabilidade, mobilidade e urbanização.

Leia o diagnóstico e as tendências do setor

Para potencializar este mercado que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano no mundo, a Fecomércio SC, Fiesc e Sebrae promoveram a iniciativa para traçar a rota do turismo, que mostrará os pontos críticos e as estratégias necessárias para garantir o crescimento do setor até 2022, contemplando as particularidades e vocações de cada região.

“O turismo é um setor transversal de nossa economia, que responde por 12,5% do PIB e impacta na geração de emprego de forma direta e indireta. Para suprir uma lacuna estatística e ter indicadores para fomentar o setor, a Fecomércio SC vem elaborando uma série de pesquisas que já se consolidaram como ferramenta de gestão das empresas, orientação da atividade turística e na definição de políticas públicas. O turismo também é um dos pilares das atividades do Sesc e Senac, que permeia o lazer, a cultura, a hotelaria e a formação profissional”, avalia Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC, que foi representado no evento pelo vice-presidente Célio Spagnoli.

A “atividade do terceiro milênio”, segundo o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC, Alexandre Sampaio, oferece diversas oportunidades de negócios: “O setor vem crescendo de forma exponencial em todo o mundo e é um empregador por excelência. Precisamos ter uma visão de marketing criativa e sinergia entre os setores para descobrir e impulsionar as potencialidades e vocação de cada região”.
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Novos modelos de negócios

Entre as oportunidades e tendências apresentadas, destaque para o turismo de orla, cicloturismo, novas tecnologias (apps que facilitam a experiência do visitante), observação de baleias e botos, pesca esportiva, viajantes solitários, parques temáticos e turismo de negócios e de eventos. Países como Estados Unidos, União Europeia e China já vêm investindo no planejamento e na execução de estratégias para atrair cada vez mais visitantes, criando um ambiente que ofereça uma experiência positiva e memorável.

A aposta na inovação e tecnologia, que já está no DNA do catarinense, também deve permear a hospitalidade e os novos rumos do setor, visto que a internet tem transformado o mercado global de viagens e contribuído para o surgimento de novos modelos de negócios.

“A indústria catarinense conhece os desafios de se manter competitiva em relação aos mercados com os quais concorre, e no turismo não é diferente. Trata-se de um setor globalizado, altamente competitivo, que movimenta 9% do PIB mundial e 1,5 trilhão de dólares. Para Santa Catarina elevar sua participação nesse mercado, precisa definir prioridades e novas estratégias", completa o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

Por ser uma dos setores mais abrangentes e que envolve diversas atividades econômicas- comércio, serviços, transporte, alimentação, alojamento, cultura e lazer- o turismo é um dos motores do desenvolvimento do Estado que impacta em toda a sociedade. Conforme o Sebrae, cerca de 95% das empresas que trabalham com turismo são de micro e pequeno portes. “No ano passado, tivemos mais de 10 projetos para o setor em Santa Catarina. Quem planeja, tem foco e sabe onde vai chegar. Com essa iniciativa, estamos no caminho certo. Aqui está a união de esforços”, avalia o diretor da entidade, Sérgio Cardoso.

O próximo passo para o time de especialistas é transformar em ações efetivas os objetivos e estratégias definidos durante os dois dias de trabalho. 

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