Inflação desacelera em junho, mas alimentos continuam pressionando preços

Atualizado em 11 julho, 2016

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou variação de 0,35% em junho, menos da metade da taxa de 0,78% de maio. O primeiro semestre do ano fechou em 4,42%, abaixo dos 6,17% registrados no mesmo período de 2015. No acumulado de doze meses, o índice caiu de 9,32% para 8,84%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram desaceleração na taxa de crescimento de maio para junho. Entre eles, itens de alimentação e bebida, habitação, artigos de residência e vestuários. Apenas Transportes (-0,53%), cuja queda foi menos intensa, e Comunicação (0,04%) apresentaram resultados superiores aos de maio.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)- que mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos -apresentou variação de 0,47% em junho, pouco menos da metade da taxa de 0,98% de maio. Com isto, o primeiro semestre do ano fechou em 5,09%, abaixo dos 6,80% registrados em igual período de 2015. Na ótica dos últimos doze meses, a taxa foi para 9,49%, abaixo dos 9,82% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.

Os reajustes dos preços administrados também foi menos intenso neste último mês, enquanto que o repasse dos preços livres fica comprometido devido ao aumento do desemprego e a renda menor das famílias.

“A inflação continua elevada. Apesar da redução na comparação com maio, a principal pressão inflacionária ainda provém do grupo Alimentos, que tem muita importância no consumo das famílias e, nos últimos anos, vem exercendo pressão sobre o custo de vida”, afirma Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC. O grupo chegou a junho com alta de 12,81%, no acumulado de 12 meses, puxado principalmente pelas altas do preço do feijão e do leite.

Para os próximos meses espera-se que a inflação continue em queda lenta, embora ainda esteja em níveis elevados e acima do teto da meta de 6,5%. Este movimento poderá trazer redução da taxa básica de juros ainda este ano. Porém, caso haja novos aumentos da carga tributária, como o aumento da CIDE, a inflação voltará a se elevar.  

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