Alimentos puxam alta da inflação de julho

Atualizado em 11 agosto, 2016

A inflação oficial avançou 0,17 pontos percentuais neste mês, passando de 0,35% em junho para 0,52% julho, conforme pesquisa divulgada nesta quarta (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os preços dos alimentos aumentaram 1,32% de junho para julho e foram os responsáveis pela alta do IPCA, puxados especialmente pelo feijão e o leite, chegando a 8,79% no acumulado do ano.

Com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – (IPCA) em julho, o acumulado no ano foi para 4,96%, abaixo dos 6,83% registrados no mesmo período de 2015.

Conforme o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o índice é considerado alto, mas a queda anual pode sinalizar para a retomada do poder de compra as famílias.  “A inflação continua elevada, especialmente para os alimentos, que têm muita importância no consumo das famílias e, nos últimos anos, vem exercendo pressão sobre o custo de vida”, pontua.

Além dos alimentos, outros três grupos tiveram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,70%),Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%) e Transportes (de -0,53% para 0,40%). Nos Transportes (0,40%), grupo de maior peso no orçamento das famílias depois dos alimentos.

Os preços dos itens de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,61%), Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%) desaceleraram, enquanto na Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) houve deflação.  Os reajustes dos preços administrados também foi menos intenso neste último mês, já o repasse dos preços ficou comprometido devido ao aumento do desemprego e o recuo da renda menor das famílias.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,64%, em julho, acima da taxa de 0,47% de junho. Com este resultado, o acumulado no ano foi para 5,76%, abaixo dos 7,42% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,56%, pouco acima dos 9,49% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.

A expectativa para os próximos meses é de queda lenta na inflação, embora o índice ainda continue em níveis elevados e acima do teto da meta de 6,5%. “Este movimento poderá trazer redução da taxa básica de juros ainda este ano. Porém, caso haja novos aumentos da carga tributária, como o aumento da CIDE, a inflação voltará a se elevar”, pondera Breithaupt.

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