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Rede hoteleira em Joinville abriu segundo semestre positivo com Festival de Dança
Cerca de 30% contratou temporários para atender demanda
Considerado o maior do mundo em número de participantes, o Festival de Dança de Joinville impulsiona anualmente a economia local no mês de julho. A 34ª edição teve resultados positivos especialmente na rede hoteleira, que registrou aumento de 3,8% no faturamento em relação ao ano passado, enquanto o comércio e serviços tiveram retração de 6,1%. Na comparação com meses comuns do ano, a alta foi de 41,6% e 0,8%, respectivamente, conforme aponta a pesquisa da Fecomércio SC.
“Da hotelaria aos serviços, o Festival de Dança movimenta diversos segmentos da cadeia produtiva e injeta recursos na economia catarinense. Um evento deste porte, que atrai mais 230 mil pessoas, é estratégico para o desenvolvimento regional e vem se fortalecendo como um bom negócio de turismo cultural, especialmente agora com o reconhecimento de Joinville como a Capital Nacional da Dança”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Um dos indicadores que apontam o impacto do evento no mercado de trabalho é a contratação de temporários para atender ao aumento pontual da demanda: neste ano, cerca de 30% da rede hoteleira reforçou o quadro de colaboradores.
Parte dos estabelecimentos (5,6%) também expandiu o número de leitos, no entanto, a média de ocupação (84,6%) foi menor em relação aos anos anteriores (90,3% em 2014 e 86,5% em 2013). Com gasto médio de R$ 731,48, o movimento foi favorável para 83,3% dos hotéis e pousadas- 33,3% consideraram bom, 27,8% médio e 22,2 % excelente.
Já os setores do comércio e de serviços investiram pouco na mão de obra extra (1,9%) por conta da desaceleração do consumo. O ticket médio de vendas do comércio e serviços foi de R$ 107,84, com destaque para os setores de material esportivo e acessórios de dança, vestuário e calçados, que registraram gasto acima da média (R$ 160).
Um percentual expressivo dos consumidores (77%) comprou à vista, sendo 31,2% no cartão de crédito, 24,3% no débito e 21,5% em dinheiro. Embora o faturamento e o volume de vendas tenha desaquecido este ano, boa parte comércio (75,2%) avaliou o movimento como positivo: mediano (46,1%), bom (25,9%) e excelente (3,2%).