Ofertas de imóveis residenciais de alto padrão puxam preço médio do m² para cima em SC

Atualizado em 16 setembro, 2016

Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI) da Fecomércio SC traz indicadores do setor 

Santa Catarina teve aumento de 37% no valor médio do m² dos imóveis residenciais para venda, puxado especialmente pelo padrão das opções anunciadas em Balneário Camboriú e Florianópolis. As duas cidades no Litoral são responsáveis pela maior fatia das ofertas (62%) e dividem a liderança no metro quadrado mais caro do Estado, conforme aponta a Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI), apresentada pela Fecomércio SC. O levantamento mapeia imóveis usados de uso comercial e residencial anunciados para venda e locação em portais imobiliários de novembro de 2015 a agosto de 2016.

> Leia a pesquisa na íntegra

Os dados evidenciam o comportamento do mercado de imóveis de alto padrão, que correspondem a 12% das ofertas: neste período, o valor médio dos apartamentos e casas anunciados com cifras acima de um milhão foi 78% maior do que o início da apuração (novembro de 2015). Na prática, isto significa que os imóveis de maior valor agregado disponibilizados no mercado puxaram a média para cima, mas não que os preços nominais dos imóveis subiram.

“Esta variação expressiva mostra que houve uma mudança no perfil dos imóveis ofertados. Indícios como o aumento na quantidade de vagas de garagens, valores médios de impostos e taxas e localização privilegiada corroboram estas modificações do mercado. Por outro lado, os alugueis residenciais compreços mais baixos mantiverem a liquidez. Quem pretende alugar para morar encontra um cemário com bastante opção, o que permite um poder de negociação maior”, explica Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

Venda comercial

Reflexo da recessão da economia, os imóveis comerciais para venda apresentaramestabilidade no preço médio do metro quadrado, com queda de 2% nos últimos meses. A Capital registrou o maior valor no mês de agosto (R$ 8.802,60), acima da média geral de Santa Catarina.

Após reajuste entre abril e maio de 2016, os preços médios de sala/conjunto, que responde por 86% das ofertas, estagnaram. As lojas (térreo) e casas comerciais também registraram aumento no preço médio por conta da entrada de opções de maior investimento- fato evidenciado também pelo aumento da metragem média dos imóveis anunciados.

Locação

Já as ofertas de locação para imóveis comerciais apresentaram aumento de 4% no preço médio do m², resultado menor do que a inflação. Considerando a média geral do Estado (R$ 29,34/m²), os preços em Balneário Camboriú (R$ 33,13/m²) e Florianópolis (R$ 32,16/m²) se destacaram novamente entre as cidades pesquisadas em agosto.

No mercado de aluguel residencial são os apartamentos de um, dois e três dormitórios que guiam os preços, visto que respondem por 76% do volume de ofertas. Enquanto o preço médio dos apartamentos menores apresentou uma sutil queda, os de três dormitórios apresentaram avanço de 13%. 

​Acompanhando o comportamento do aluguel comercial, o valor médio do m² residencial também teve uma variação 4%. Novamente, Balneário Camboriú e Florianópolis se destacam neste indicador: R$ 21,18 /m² e R$ 20,21/m². Na outra ponta está Criciúma, com R$ 11,32 /m².

Inteligência competitiva

Por meio de um sistema de inteligência competitiva, a PMI cruza informações sobre venda e locação para uso residencial e comercial, mostrando o comportamento do mercado no período. Por mês, são consultados cerca de 117 mil imóveis. 

O índice estadual será apurado mensalmente de forma sistemática e divulgado pela Federação a cada três meses a partir do próximo ano. Já os dados locais de Balneário Camboriú, Florianópolis, Blumenau e Criciúma – que mostram a valorização dos bairros e regiões- são detalhados pelo Secovis de cada cidade.

“No primeiro trimestre de 2017, a Fecomércio apresentará o Panorama do Mercado Imobiliário, com uma análise estruturada de 2016 que mostrará a evolução das ofertas e um comportamento mais consistente do mercado”, comenta o gerente de planejamento da Federação, Renato Barcellos, que coordena a equipe de pesquisadores. Os dados compõe o Indicador Nacional do Mercado Imobiliário e seguem a metodologia do Secovis do Brasil, com a empresa Plugar como Technology Partner.  

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