Desempenho negativo da indústria e comércio impacta na queda do setor de serviços em SC

Atualizado em 20 setembro, 2016

O setor de serviços em Santa Catarina sofre os impactos do desempenho da indústria, que recuou 9,6% em 12 meses no Brasil e 7,6% no estado, especialmente na redução das atividades dos transportes, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE. Com queda de 12,2% em julho na comparação com 2015, os transportes puxaram os resultados negativos. A desaceleração do comércio- que registrou queda de 8% no volume de vendas em julho, no acumulado de 12 meses- também reflete no indicador.

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Em julho, a receita nominal dos serviços retraiu 5,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, abaixo da inflação acumulada no período (8,74%). De agosto de 2015 a julho de 2016, a variação foi de -0,8% e na comparação com o mês anterior foi de -0,9%. A receita nominal nas atividades turísticas atingiu -1,3%, após registrar -0,4% no mês de junho- números mais baixos da série histórica, iniciada em 2012.

“Este é o 19º mês consecutivo que o faturamento cresce abaixo da inflação oficial. Ou seja, a variação do faturamento não consegue fazer frente ao aumento dos custos e, assim, diminui a capacidade do setor em manter uma boa saúde financeira- situação que já está trazendo fortes impactos negativos, ao retrair as margens de lucro, os investimentos e aumentar as demissões do setor”, pondera o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Conforme o empresário, as perspectivas são mais positivas para os próximos meses: “A indústria já mostra sinais de recuperação e assim voltará a demandar mais serviços”, completa.

Os cortes orçamentários por parte dos governos federais, estaduais e municipais e a desaceleração da renda das famílias, potencializada pela alta inflação, também exercem um papel importante na queda dos serviços, prejudicando especialmente aqueles prestados às famílias (como lavanderia, salão de beleza, academia, escola de idiomas etc).

No Brasil, a receita nominal registrou uma pequena alta de 0,3% na comparação com julho de 2015 e 0,1% no acumulado de 12 meses. Já as atividades turísticas, nesta mesma comparação, registrou retração de 0,1% de junho e 0,3% em julho.

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