Florianópolis registra alto índice de pesquisa de preço nas vendas de Natal

Atualizado em 27 dezembro, 2017

Gasto do consumidor aumentou 26,2% em 2016

Os consumidores da capital catarinense usaram da estratégia para conseguir economizar nas compras. Segundo a percepção dos empresários a pesquisa de preço foi alta no comércio da cidade (58,1%) – o maior índice entre as cidades pesquisadas, ultrapassando a média estadual de 49%. O percentual de contratação no setor para o período foi de 29,9%. O gasto médio com os presentes subiu de R$193,35 em 2015 para R$244,14, aumentando 26,2%. Mesmo assim, a variação no faturamento caiu se comparada ao mesmo período de 2015 (-12,5%). Na comparação aos meses anteriores o incremento chegou a 18,4%. Os dados foram levantados pela Pesquisa de Resultados de Venda realizada pela Fecomércio SC e Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).

Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas

“As vendas de Natal, tão esperadas pelo comércio, abrandaram a crise econômica que nos assombrou ao longo de 2016. Ainda que não seja expressivo, o incremento nas vendas oportuniza um novo fôlego ao empresário e sinaliza que o consumidor está retomando aos poucos o consumo, embora cauteloso. Para 2017, com juros e inflação menor é possível esperar um melhor ano para o comércio”, pondera o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. “A opção pelas compras à vista mostra que os catarinenses evitaram o endividamento. E a recuperação do varejo prossegue dependente da oferta de emprego e da redução das taxas de juros”, considera o empresário Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC. Na hora de pagar, o quadro entre os que optaram pelo pagamento à vista ou parcelado é muito equilibrado.

Das compras efetuadas, 51,3% foram parceladas – 47,9% no crédito e 3,4% no crediário – e o pagamento à vista foi a opção de 47,8% dos consumidores, sendo 22,2% em dinheiro, 17,9% no cartão de crédito e 7,7% no débito.

Comportamento do consumidor em Santa Catarina

Outro estudo produzido pelas duas Federações, logo após a data, é realizado com parte dos consumidores já entrevistados para avaliar sua experiência de compra. Os dados mostram que 84,1% deles a efetivaram. No entanto, o percentual de desistência cresceu – caindo de 7,2% em 2015 para 15,9%. O recuo pode ser explicado pela retração na economia, endividamento familiar, desemprego e queda na renda, o que dificulta o acesso ao crédito e deixa o consumidor mais cauteloso na hora de decidir pelo gasto. A instabilidade financeira também impactou na quantidade de presentes.

Se em 2015 a média alcançou 5,75, no Natal de 2016 não passou dos 5,45 por cliente. A tendência pela escolha de presentear com vestuário (41,2%), brinquedos (21,8%) e calçados (12,5%) foi mantida em 2016. Já no gasto médio, destacam-se os celulares/smartphones (R$ 1.122,58) e os eletrônicos em geral (R$ 750,74). Apesar de estarem no topo da lista de presentes mais comprados, os itens de vestuário amargaram um recuo de 43,9% no valor do gasto médio.

O comércio de rua continua sendo o local preferido para as compras de Natal, com 66,9% das escolhas. Os shopping centers permaneceram em segundo lugar, mas perderam espaço: em 2015 foram a opção para 29% dos consumidores e em 2016 caiu para 23,4%. E o comércio eletrônico vem crescendo como opção, de 3% em 2015 para 4,8% no ano passado. Assim como em 2015, as características dos produtos (8,9) e o local da compra (8,7) foram os atributos mais importantes considerados na decisão de consumo. Chama atenção o aumento significativo da influência do preço na hora da compra de 7,5 pontos, em 2015, para 8,4 em 2016, muito pelo fator econômico que freou o consumo nos gastos de Natal.

O empresário catarinense está atento para o bom atendimento prestado. Este ano todos os três atributos avaliados pelo consumidor registraram alta: cordialidade do atendente (8,74) clareza das informações (8,32) e agilidade (8,36). No total, o atendimento no comércio catarinense recebeu uma ótima avaliação dos clientes (8,47).

Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas

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