Altas taxas de juros são entraves para retomada do setor produtivo, aponta Fecomércio SC

Atualizado em 31 janeiro, 2017

A previsão do mercado financeiro de taxa básica de juros a 9,5% em 2017 e queda para 9% em 2018 demonstra que o ciclo de redução continua, mas o nível dos juros ainda é considerado um entrave para recuperação do país. 

Embora a expectativa seja de números abaixo dos dois dígitos neste ano, as altas taxas “dificultam a saída do país do patamar de retração da economia”, conforme explica o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

“Atualmente, temos os maiores juros do mundo, o que impacta, inclusive, no próprio sucesso do atual ajuste econômico. A taxa Selic elevada impacta negativamente no estoque da dívida pública, pois a taxa é a remuneradora dos títulos de curto prazo do governo. Assim, o esforço fiscal necessário para estabilizar a trajetória da dívida se eleva. Precisamos de um maior controle da inflação, mas isso não pode ser feito através de juros elevados”, pondera. 

A manutenção da Selic nestes patamares prejudica o setor produtivo ao onerar os consumidores e os empresários, desestimulando o consumo e os investimentos. Outras medidas, como as reformas tributárias e trabalhistas, capazes de incentivar a produtividade, são apontadas pelos empresários como mais efetivas para combater os dois problemas: retração econômica e inflação.

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