Grupo multidisciplinar discute futuro da Ponte Hercílio Luz e entorno

Atualizado em 21 agosto, 2018

Workshop é uma parceria da Câmara Empresarial de Tecnologia e Inovação da Fecomércio SC e UFSC 

Símbolo histórico e turístico da cidade ou equívoco monumental? Esta pergunta um tanto instigante deve nortear os trabalhos de um grupo multidisciplinar que discutirá a Ponte Hercílio Luz e seu entorno durante workshop de cinco dias na próxima semana em Florianópolis. A programação faz parte da disciplina Cidades mais Humanas, Inteligentes e Sustentáveis, do Curso de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC, sob a coordenação do Prof. Dr. Eduardo Moreira da Costa, referência nacional em inovação e empreendedorismo.
 

> Saiba mais

Fechada há mais de três décadas, a ponte permanece como o principal cartão-postal da Capital e também alvo de controvérsias. Os números dão a dimensão da importância deste monumento de mais de 4 mil toneladas: completou 91 anos em maio, demorou quase meio século para ser paga (até 1978) e foi interditada para o tráfego quatro anos depois (1982), passou por 11 governadores estaduais desde a interdição, tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Brasil em 1997 e atualmente está em obra de restauração, orçada em R$ 274 milhões, com previsão de entrega no segundo semestre de 2018.

“O workshop de cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis vem ao encontro dos objetivos da Câmara Empresarial de Tecnologia e Inovação da Fecomércio SC, que articula as duas áreas como um caminho para melhorar a vida das pessoas sob várias perspectivas”, pontua a Dra. Jamile Sabatini Marques, presidente da Câmara que lidera o evento ao lado da UFSC.

Dinâmica do workshop

As atividades ocorrem de segunda (10) a sexta-feira (14), em tempo integral, com a participação ativa de cerca de 60 pessoas, entre academia, governo, iniciativa privada, sociedade civil organizada e o meio empresarial. Nos dias 10, 11 e 14 a programação será na Fecomércio SC, com debates e visita guiada a ponte para familiarizar os pesquisadores com a região. Nos dias 12 e 13, as ações dos Grupos de Trabalho serão na Ciasc.

A metodologia utilizada será de co-criação, envolvendo diferentes perspectivas sobre o assunto, e Design Thinking, que coloca a pessoa/o cliente no centro do processo, buscando compreender a situação de forma global para então apresentar alternativas aos problemas e necessidades.

Os participantes serão divididos em sete grupos de trabalho para estudar e propor soluções para a ponte sob diferentes óticas: economia, governança, identidade, lugar, meio ambiente, mobilidade, segurança e inclusão social. Para balizar as discussões foram convidados pelo menos 20 stakeholders de ONGs, associações, governo, judiciário e empresários para reunir a visão de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a ponte Hercílio Luz.

“A ideia é integrar os vários atores desse processo para trazermos uma proposta positiva para o futuro da ponte e seu entorno, repensarmos o modelo para que este ícone seja ainda mais valorizado, conectando às pessoas. A ponte pode servir como um ponto de encontro de caminhadas, ciclistas, turismo, esporte e entretenimento”, afirma Costa. Segundo ele, diversas cidades mundo afora têm pontes como símbolo da cidade e da história local, a exemplo da ponte Vecchio, em Florença, ou a Charles Bridge, em Praga.

Após identificar os principais desafios e propor medidas estruturantes, o grupo deve formalizar as propostas e encaminhar às entidades responsáveis pela implementação.

Leia também

ECONOMIA 16 julho, 2024

Fecomércio avalia impactos nas mudanças da Reforma Tributária

PESQUISA 15 julho, 2024

Intenção de gasto dos consumidores catarinenses para o Dia dos Pais deste ano cresceu 18,6%

MERCADO 12 julho, 2024

Volume de serviços cresceu 5,4% no acumulado do ano, aponta Pesquisa Mensal de Serviços

INSTITUCIONAL 12 julho, 2024

Presidente da Fecomércio SC participa de comitiva catarinense em Portugal