ECONOMIA

Selic atinge mínima histórica com corte do Banco Central

Atualizado em 01 agosto, 2019

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual após 16 meses. A Selic passou de 6,5% para 6,0%, registrando a nova mínima histórica desde a adoção do regime de metas de inflação, em 1999.

A taxa de juros baliza todos os juros da economia e por estar em queda reduz o custo do crédito ao consumidor e das empresas. Desse modo, mais crédito por entrar no mercado.

“A redução parte do entendimento de que a inflação está estável e sem risco de ultrapassar a meta. Em junho, o IPCA fechou em 3,37% no acumulado de 12 meses, enquanto a meta é de 4,25%. Além disso, o avanço da Reforma da Previdência traz a  possibilidade de maior segurança fiscal para o Brasil no longo prazo. Por fim, os Estados Unidos retomaram o processo de redução de juros em sua economia, o que abre margem para a redução aqui no Brasil também”, explica o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

Ainda que os juros tenham atingido a mínima histórica, a taxa básica encontra-se em um nível muito elevado, conforme destaca Córdova. As sucessivas postergações e concessões na Reforma da Previdência prejudicam o processo de queda nas taxas de juros. “Temos um dos maiores juros do mundo, o que afeta, inclusive, o próprio sucesso do atual ajuste econômico. A taxa Selic elevada impacta negativamente no estoque da dívida pública, pois é a taxa remuneradora dos títulos de curto prazo do governo. É necessário reduzi-la ainda mais. Para tanto, a reforma da previdência é essencial. Sem a reforma, existe o risco da insolvência fiscal e com isso os juros brasileiros continuarão sendo os maiores do mundo”, pontua.

Caso a Reforma não seja aprovada ainda neste segundo semestre, o ciclo de queda da taxa básica de juros não terá continuidade. O atual nível de juros prejudica o setor produtivo, ao onerar tanto o consumidor, quanto os empresários em suas decisões de investimento e consumo.

 

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