ECONOMIA
Inflação desacelera em novembro, mas nível é o mais alto em 18 anos
A taxa da inflação oficial, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em novembro ao avançar 0,95%, após variação de 1,25% no mês anterior. Embora esse seja um sinal animador, o resultado é o maior patamar neste período desde 2005 (1,01%). Por isso, permanece a pressão elevada de grande parte dos preços, tanto que o Banco Central endureceu a política monetária, elevando a taxa SELIC para 9,25% ao ano, patamar equivalente ao ano de 2017.
No acumulado de 12 meses, a inflação acelerou e chegou a 10,74%, maior patamar em 18 anos (11,02% – 2003) na comparação com igual período. No ano, o IPCA acumula alta de 9,26%. > Confira a análise completa
A inflação deve desacelerar de maneira gradativa em 2022, devido, principalmente, à redução da demanda, mas também motivado por outros fatores, como reequilíbrio das cadeias produtivas e retirada da bandeira de escassez hídrica. O IPCA deve ficar em torno de 5,02% no acumulado de 12 meses em 2022, entretanto, o resultado não cumpre a meta definida para o ano e não significa que haja redução de preços de maneira geral, mas certa estabilidade ou redução no nível de alta.
Pesquisa realizada pela Fecomércio SC em outubro apurou que 88,4% dos consumidores catarinenses se sentiram impactados e estão realizando ações para contornar o aumento dos preços, sendo que 30,9% indicaram que estão reduzindo as compras de alimentos fora de casa.
> Confira o painel sobre os índices de preços:
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