Pesquisa da Fecomércio mostra informalidade do turismo em Imbituba

Atualizado em 07 março, 2012

A Pesquisa Fecomércio de Verão em Imbituba, apresentada aos empresários do comércio e do setor hoteleiro e poder público municipal na manhã desta quarta-feira, 7 de março, mostra o expressivo número de estabelecimentos atuando na informalidade. De acordo com os números, levantados entre os dias 10 e 12 de janeiro, são 49% de empresas sem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), contra 51% empresas formais.

O diretor executivo da Fecomércio, Marcos Arzua, reforçou a importância do trabalho para a formalização, para tornar as empresas mais competitivas. Sobre a pesquisa da Fecomércio, Arzua afirmou que é um ponto de partida para que se conheçam as deficiências e os pontos fortes do turismo no município. “É um ponto de partida para discutir esses elementos e induzir as soluções”, disse.

Para o prefeito de Imbituba, José Roberto Martins, a pesquisa é extremamente válida. “O fundamento básico de uma pesquisa é que se tenha um diagnóstico e, com base nela, façamos um planejamento. A pesquisa mostra que Imbituba precisa continuar apostando na melhoria do sistema viário”, reforça. No município de Imbituba, de acordo com o prefeito, 60% não tem escritura pública. “Essa é a origem do problema”, afirma. Ao contrário das praias do Sul catarinense, defende Martins, Imbituba é a única que tem plano de saneamento. “Ainda temos muito a evoluir. O crescimento é bom, mas tem que ter cuidado por que o preço é alto”.

Comércio local

Apesar de oferecerem serviços durante o ano, a concentração do comércio local se dá, principalmente, entre os meses de dezembro e abril.

Para atender a demanda turística da temporada de verão, os empresários costumam contratar colaboradores temporários. Aqui, destacam-se as empresas formais, onde 59,5% contratam mão-de-obra para o período. Dentre as informais, apenas 21,2% aumentam seu quadro de funcionários.

A média de colaboradores também é maior nas empresas formais. São 4,59 por estabelecimento. Enquanto as empresas informais tem média de 0,23. Os salários também diferem. Em torno de R$ 892,30 é o valor pago pelas empresas devidamente registradas. Aproximadamente R$ 280,00 a mais que os salários praticados pelas empresas informais.

No controle do faturamento de seus negócios, as empresas legais registram alta de 13% em relação aos meses anteriores. E na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 7%. Já os estabelecimentos informais disseram o inverso. Queda de 12% em relação aos meses anteriores e de 8% em relação à temporada anterior.

Hospedagem

Quanto à hotelaria, a oferta de hospedagem, serviços e infraestrutura também se divide entre empresas registradas e informais. O número de leitos por quarto varia. São em média 2 para as empresas formais e 4 para as informais.

Os valores cobrados pelas diárias são, no geral, de até R$ 400,00. Para as formais o valor varia entre R$ 201,00 e R$ 400,00. Para as informais as diárias são, na maioria, de até R$ 100,00.

Em relação aos serviços oferecidos, com exceção de cofre (27%), restaurante (24,3%) e chuveiro a gás (35,1%), as empresas formais, em sua larga maioria, oferecem todos os serviços pesquisados. Analisando as informais, nenhuma delas oferece serviço de restaurantes e cofre, apenas 2,9% oferece chuveiro a gás, 5,7% ar condicionado, 14,3% café da manhã e piscina e 28,6% camareira.

A maneira com que os meios de hospedagem se relacionam no meio virtual também foi levantada na pesquisa. 97,3% das empresas formais dispõem de página na internet, enquanto a maioria das informais (51,4%) não possui.

Apesar das diferenças, em um item empresas formais e informais concordam: a avaliação da gestão pública municipal e a estrutura e serviços que dão suporte às atividades turísticas da região, foi considerada péssima pela maioria (40%).

Crédito da foto: Anderson Pedro da Silva

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