Aumento do desemprego em maio reflete situação da economia, diz Fecomércio

Atualizado em 09 julho, 2015

A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em maio de 2015, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, divulgada poelo IBGE, foi estimada em 8,1% para o Brasil, ficando acima da taxa do mesmo trimestre do ano anterior (7,%) e superando, também, a do trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,4%). O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.863) ficou estável frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2015 (R$ 1.877) e em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.870). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em maio (R$ 166,1 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa em ambos os períodos de comparação.

Para a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego no trimestre terminado em maio reflete a situação da economia brasileira, com inflação elevada, acesso ao crédito restrito e com perspectiva de retração do PIB neste ano. Dessa maneira os índices de confiança dos empresários se reduzem e, por consequência, os investimentos tendem a serem mais conservadores, visto que o empresário avalia que o retorno de certos investimentos não superarão mais seus custos.

Assim, com os investimentos em queda, reduz-se a oferta de emprego. Chama atenção também a estagnação na renda real média depois de sucessivas quedas comparação com o mesmo período anterior. Fato que já incide no volume de vendas em declínio do comércio e na própria taxa de desemprego, já que, com renda familiar menor, mais pessoas tendem a buscar emprego para complementar os ganhos da família.

Alta

No trimestre encerrado em maio havia cerca de 8,2 milhões de pessoas desocupadas. Esta estimativa era 7,4 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro de 2015, apontando alta de 10,2% (756 mil pessoas a mais). No confronto com o mesmo trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 18,4% (1,3 milhão de pessoas a mais). O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,1 milhões, não apresentando variação estatisticamente significativa quando comparada com o trimestre de dezembro a fevereiro de 2015 e também frente ao mesmo trimestre de 2014. Por posição na ocupação, frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2015, os empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) apresentaram recuo de 2,2% em seus rendimentos reais; bem como os trabalhadores por conta própria (-3,5%). Frente ao trimestre de março a maio de 2014, apenas os trabalhadores por conta própria sofreram perdas reais em seus rendimentos (-3,5%).
 

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