Aumento do desemprego reflete deterioração dos fundamentos da economia, diz Fecomércio

Atualizado em 12 março, 2015

A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2015 foi estimada em 6,8% para o Brasil, registrando aumento em relação ao mesmo período do ano anterior (6,4%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (12). Também se registrou aumento em relação à taxa de 6,6% registrada no trimestre encerrado em outubro de 2014 (ago-set-out).

Para a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego em janeiro reflete a deterioração dos fundamentos da economia brasileira, com inflação elevada, acesso ao crédito restrito, volume de venda em declínio e com perspectiva de retração do PIB neste ano. Dessa maneira os índices de confiança dos empresários se reduzem e, por consequência, os investimentos tendem a ser mais conservadores. Com os investimentos em queda, reduz-se a oferta de emprego e, para superar esse impacto negativo, uma reforma trabalhista que vise reduzir os custos do trabalho é cada vez mais urgente. A perspectiva para todo o ano de 2015 é que a taxa continue se elevando em níveis controlados e, só a partir de 2016, com uma inflação menor e a confiança em retomada, será possível ver novamente uma queda do desemprego.

Segundo a PNAD contínua, a população desocupada no trimestre encerrado em janeiro mostrou aumento na comparação com o trimestre encerrado em outubro, passando de 6,6 milhões para 6,8 milhões de pessoas (200 mil pessoas desocupadas a mais). Já população ocupada foi estimada em 92,7 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre encerrado em outubro (92,6 milhões). O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 56,7%, apresentando retração em relação ao trimestre encerrado em outubro (56,9%).

Pela primeira vez, as informações de rendimento de trabalho estão sendo divulgadas na Pnad contínua. A estimativa referente ao rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de R$ 1.795,53, denotando acréscimo de 1,0% em relação ao trimestre encerrado em outubro (R$ 1.777,66). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos pelos ocupados foi estimada em R$ 161 bilhões em janeiro de 2015, crescendo 1,0% na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2014 (R$ 159 bilhões).

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