Brasil chega aos 10 milhões de desempregados, sinaliza o PNAD
O IBGE divulgou no dia 20, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD que apontou alta na taxa de desocupação 13,8% (mais 1,3 milhão pessoas) nos meses de dez de 2015 e janeiro/fevereiro de 2016,em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015.Esse é o maior registro da série desde 2012.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro de 2016 foi estimada em 10,2%, ficando acima da taxa do trimestre encerrado em novembro de 2015 (9,0%) e superando, também, a do mesmo trimestre do ano anterior (7,4%).
Os números negativos também estão presentes no setor privado que apresentou uma queda de 1,5%, número de empregados com carteira assinada em relação aos meses de setembro a novembro do ano passado, menos de 500 mil pessoas tiveram suas carteiras assinadas, entre desempregados e trabalhadores autônomos .
Rendimentos
O ganho real do trabalhador (R$ 1.934) ficou estável frente ao trimestre de setembro a novembro de 2015, registrando uma queda de 3,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado cerca quando o valor recebido chegava a R$ 2.012. A soma de todos os recursos da economia, utilizados para consumo foi de R$ 171,3 bilhões, registrou redução de 2,0% em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015, e redução de 4,7% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Segundo a Fecomércio SC os dados de aumento do desemprego e queda dos rendimentos do trabalho refletem a atual situação do Brasil, com uma economia em estado de longa recessão. Chama atenção a queda da massa de rendimentos reais, que é o valor dos recursos disponíveis para o consumo imediato, sem o recurso do crédito.
Na avaliação do presidente da Federação, Bruno Breithaupt, a diminuição da massa salarial determina, junto com a retração do crédito, a redução das vendas do comércio que em Santa Catarina, por exemplo, já registram os piores números desde 2001.
“Os números revelam um aumento da informalidade e no número de trabalhadores autônomos. Dois fatores que contribuem para a redução ainda maior dos rendimentos e o prolongamento da atual recessão econômica por boa parte do ano de 2016, alerta Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.