Câmara da CNC debate influência da tecnologia no comércio

Atualizado em 23 junho, 2015

A Câmara Brasileira de Tecnologia da Informação (CBTI), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizou sua primeira reunião em 18 de junho, no Rio de Janeiro, para debater as mudanças que as tecnologias trazem para o comércio, avanços na legislação do segmento e incentivos para o setor. Em 2015, a CBTI tem como objetivo discutir os impactos das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na atividade do comércio e propor recomendações para a expansão do uso dessas tecnologias no setor. A Fecomércio SC esteve representada na reunião pelo empresário Rui Luiz Gonçalves.

Segundo o coordenador da CBTI, Francisco Saboya, a Câmara dará ênfase às tecnologias associadas ao comércio eletrônico e às ferramentas de redução de riscos de cadastro, crédito e outras fontes de perdas para o setor. De acordo com o secretário-geral da Confederação, Marcos Arzua, a CNC procurou reunir representantes e empresários de todo o país em torno do tema. “Nossa intenção é acolher os debates relevantes para o segmento e transformá-los em ações de representação e políticas defendidas pela CNC, pelas federações e pelos sindicatos”, afirmou.

Francisco Saboya, que é diretor-presidente do parque tecnológico Porto Digital, em Recife (PE), e especializado em desenvolvimento de software e economia criativa, abordou o acesso e o uso da internet no País e apresentou dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) que mostram que cerca de 40% dos domicílios brasileiros estão conectados, o que equivale a 86 milhões de pessoas. No entanto, esses números diminuem nas áreas rurais e mais afastadas dos grandes centros urbanos e em domicílios das classes C e D. Por isso, ele destaca a necessidade de democratizar o uso da internet. “Enquanto o Brasil não endereçar uma política de acesso a uma internet de qualidade e de baixo custo, essa situação não mudará, e é preciso que se veja a inclusão digital como uma questão social”, disse Saboya.

A TI para o comércio

A CBTI abordou de que forma a tecnologia influencia e traz mudanças para o comércio, discutindo temas como o comércio eletrônico, crimes eletrônicos, eSocial e o sistema eletrônico de licitações (pregões on-line). O presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), Edgar Segato Neto, lembrou que cada vez mais o governo aumenta a exigência da entrega de documentação trabalhista, entre outras, de forma eletrônica. Ele citou o eSocial, projeto do governo federal que unifica o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados por meio eletrônico. “Num país do tamanho do Brasil e com as dificuldades de acesso à internet que enfrentamos, não sei como será possível cumprir as exigências do eSocial”, ressaltou.

A TI como negócio

Outra reivindicação apresentada na reunião da Câmara foi pensar a TI como um setor estratégico não apenas em razão das contribuições que ela oferece para o comércio. “A TI é um setor economicamente viável. A Apple é, hoje, a empresa mais valiosa do mundo e equivale à Bovespa. A Índia importa tecnologia, e o Brasil está engatinhando. É preciso pensar esse setor como um negócio”, defendeu Marcos Villela, representante da Fecomércio-GO. Nesse sentido, a CBTI debateu a importância de se defender um avanço na legislação para o segmento, com uma lei que aborde exclusivamente a proteção aos dados pessoais e também incentivos para o setor.

Francisco Saboya propôs aos integrantes da CBTI que o debate e os encaminhamentos tenham continuidade por meio de tecnologias de comunicação a distância. Assim sendo, será pesquisada uma ferramenta que melhor se adeque ao trabalho.

Fonte: CNC

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