ECONOMIA

Comércio em Santa Catarina dá sinais de recuperação

Atualizado em 12 agosto, 2020

O comércio catarinense começa a apresentar números animadores. Em junho, o varejo ampliado em Santa Catarina despontou com o maior volume de vendas (24,6%) do país na comparação com 2019, diante do recuo de 0,9% na média nacional. A alta foi de 22,2% em relação ao mês de maio, quase o dobro do resultado nacional (12,6%), conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE.

Já o varejo restrito em SC teve crescimento de 12,7% na comparação anual e 2,8% na mensal. O comportamento é bastante diferente no cenário nacional: variação de 0,5% no ano e 8% em junho.

Os resultados de junho em Santa Catarina foram puxados por móveis e eletros (33,3%)- considerando que o setor acumulava índices baixos nos últimos anos e passou a mostrar recuperação no final de 2019- supermercados (23,4%) e artigos farmacêuticos (9%), dois setores considerados essenciais e que tiveram suas atividades alteradas durante a pandemia.

“O processo de retomada da economia se dará de forma lenta por conta das incertezas do mercado. Mas, a reação já é percebida em alguns segmentos do comércio. Estes são os primeiros sinais de recuperação e a manutenção do emprego e renda é fundamental neste processo”, afirma do presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

O mercado de trabalho em SC apresentou saldo positivo em junho, com abertura de 3.721 novos postos, uma variação de 0,18% sobre seu estoque total, a maior da região Sul. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério da Economia, sinalizam para uma redução no nível de desligamentos e aumento das admissões.

Leia mais:
Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)- junho
Intenção de Consumo das Famílias (ICF)- junho
Pesquisa de endividamento e inadimplência (PEIC)- junho

Resultados do 1º semestre

A retomada gradual das atividades a partir de abril ajudou a mitigar os prejuízos do setor, mas os resultados do semestre ainda são negativos (-0,2%). De janeiro a junho, os segmentos de artigo de uso pessoal e doméstico (15,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,3%) apresentaram a maior variação no volume de vendas em SC. A alta na inflação nestes segmentos refletiu na receita do comércio (4,1%).

O varejo nacional fechou o primeiro semestre com queda de 3,1% nas vendas frente a 2019, a maior desde o segundo semestre de 2016 (- 5,6%).

Conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor amargou prejuízo acumulado de 279 bilhões entre 15 de março e 25 de julho no país. Santa Catarina figura entre os cinco estados com maior impacto na receita, com perda acumulada de R$ 18,09 bilhões. O peso no caixa foi substancialmente maior no varejo não essencial: R$ 15,38, que representa 85,1% das perdas totais.

Confira os dados na íntegra

 

Leia também

ECONOMIA 28 março, 2024

Setor de serviços catarinense inicia o ano com resultados positivos

ECONOMIA 25 março, 2024

Vendas no varejo catarinense caem 1,0% em janeiro

INSTITUCIONAL 25 março, 2024

Sindilojas promove primeira sessão de negócios do ano em parceria com entidades locais

INSTITUCIONAL 20 março, 2024

Fecomércio SC e Inovativos lançam e-book para impulsionar negócios com inteligência artificial generativa