Comércio pode perder até R$ 400 milhões por dia com o bloqueio das rodovias em SC

Atualizado em 26 fevereiro, 2015

Após uma semana de protestos, com cerca de 20 rodovias bloqueadas por caminhoneiros e agricultores, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo faz um levantamento do impacto da paralisação na economia do Estado. A Fecomércio SC estimou que o impacto negativo da paralisação dos caminhoneiros no Estado pode chegar até a 0,6% do PIB nas regiões afetadas. Na região Oeste, onde a paralisação é maior, esse valor pode significar R$ 150 milhões por dia.

Para todo o Estado a perda, na pior das hipóteses, no caso de uma paralisação total, pode chegar a R$ 630 milhões de perdas diárias. Como os bloqueios nas estradas, apesar de muitos ainda serem pontuais, estima-se que o impacto por dia possa girar entre 40% e 50% desse valor. No comércio, a perda pode chegar a R$ 400 milhões por dia de paralisação na receita bruta em todo o Estado. É um valor expressivo e que se agrava à medida que a paralisação prossegue, visto que os produtos começam a faltar nas prateleiras em razão do fornecimento comprometido. Nos primeiros dias, estima-se que a perda girou em torno de R$ 80 milhões diários.

Negociações

Governo federal e representantes dos caminhoneiros anunciaram, no final da quarta-feira (25), após negociações que levaram mais de 10 horas em Brasília, terem chegado a um acordo para tentar por fim ao bloqueio das estradas. Para atender às demanda do movimento, o governo ofereceu um pacote de medidas incluindo a renegociação de dívidas do setor e informou ter recebido da Petrobras a garantia de que os preços do diesel não subirão pelos próximos seis meses.

Caso a paralisação permaneça, as regiões portuárias de Itajaí e São Francisco serão as mais impactadas. Com isso, a balança comercial de Santa Catarina perderá em receita de exportação, já que quase 70% dos produtos exportáveis pelo porto de Itajaí vêm dos locais em conflito.

A Fecomércio SC entende que as demandas dos caminhoneiros no Oeste do Estado são legítimas, especialmente quando tratam da infraestrutura das estradas catarinenses. Inclusive, relembra que a infraestrutura deficiente é também uma causa dos empresários dos setor terciário, expressa na “Carta do Comércio”, que foi entregue aos representantes do Poder Executivo e Legislativo de Santa Catarina durante o processo eleitoral. No entanto, a entidade discorda das paralisações, pois defende que bloquear estradas é prejudicial para a economia de todo o Estado e da própria região, já que limita a circulação de mercadorias, reduzindo as vendas e os ganhos do comércio.

Uma grave consequência para a população é a escassez de produtos, que aumentam o custo de certos insumos básicos. Em alguns postos das regiões em conflito, por exemplo, o combustível está sendo vendido a R$ 4,50. Em São José dos Cedros, alguns serviços estão suspensos por causa da falta de combustível. Segundo a Secretaria de Administração do município, a sede da Prefeitura e as secretarias de Transporte, Obras, Esporte, Assistência Social estão fechadas, assim como o comércio local. Nos supermercados, faltam legumes, verduras, entre outros produtos.

Diante disso, a Fecomércio SC ressalta a urgência de um diálogo para a solução do conflito, a fim de minorar as perdas econômicas dos setores produtivos e da população.
 

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