Confiança do empresário em Santa Catarina mostra sinais de recuperação em agosto

Atualizado em 30 agosto, 2016

Após um primeiro semestre de desempenho negativo, com aumento no saldo de desemprego, queda na renda e fechamento de lojas, a confiança dos consumidores permanece bastante retraída. Já a dos empresários começa a dar sinais de retomada, com avanço pelo terceiro mês seguido.

Devido à expectativa de solução das indefinições políticas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) subiu em nível mensal (3,6%) e anual (10,5%), chegando a 92,8 pontos em agosto. O patamar ainda denota o pessimismo do setor, mas a alta é vista como o início de uma recuperação.

Confira o ICEC de agosto

“A confiança do empresário tende a aumentar antes por que o investimento é uma variável fundamental, que depende da segurança em um horizonte previsível de médio prazo. Estamos próximos do desfecho da crise política e isso tem efeito direto neste indicador, pois dissipa as dúvidas e incertezas quanto ao futuro. Já a confiança do consumidor sente a retração da renda e do emprego, que são influenciadas pelo otimismo do setor empresarial e que, portanto, voltará a subir a partir da retomada dos investimentos”, pondera o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Os indicadores que medem as condições atuais do empresário (44,1 junho, 51,6 julho e 56,7 agosto) e a expectativa do empresário (129,2 junho, 138,4 julho e 140,4 agosto) – tendo em vista o humor da economia e o desempenho do setor – vêm crescendo. Apenas o Índice de Investimento do Empresário do Comércio, que leva em conta a contração de funcionário, investimento e situação dos estoques, ainda apresenta variação mensal negativa.

Confiança em compasso de espera

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu na comparação anual (-15,5%) e mensal (-0,2%), chegando ao mês de agosto com 86,2 pontos, em uma escala de 0 a 200. Este é o quarto mês consecutivo que o índice atinge o nível mais baixo da série histórica, iniciada em 2010.

A pesquisa da Fecomércio SC cruza dados sobre emprego atual, perspectiva profissional, renda, acesso ao crédito, nível e perspectiva de consumo e momento para duráveis para medir a avaliação das famílias sobre sua condição de vida e a propensão ao consumo. 

Leia o ICF na íntegra

Embora a renda (151,7 pontos) e o emprego (113 pontos) estejam em patamares considerados otimistas, mesmo com o recuo neste primeiro semestre, o “termômetro” do ICF está bastante desfavorecido: nível de consumo atual (58,8) e a perspectiva de consumo (34,1). Estes indicadores resultam da restrição ao crédito e custo de vida mais caro, que freou o poder de compra das famílias. A variação do índice de volume de vendas chegou a -7,9% no acumulado de 12 meses, de junho de 2015 a julho de 2016.

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