Consumidores e empresários mantém pé no freio, mas acreditam na retomada da economia em 2016
O ano de 2016 chegou com os reflexos da retração econômica vivida no ano passado no Brasil. No Estado, os efeitos da recessão foram observados principalmente na queda da produção industrial e no ritmo de vendas do comércio. Mesmo com o cenário atual, a expectativa é otimista na visão dos dois lados do consumo: para 43,7% dos consumidores, a economia brasileira vai melhorar este ano, já segundo 46% dos empresários as vendas podem fechar com números positivos. Os dados foram levantados na Pesquisa de Perspectiva do Consumidor e do Empresário para 2016, realizada pela Fecomércio SC.
Entre as cidades, a onda de otimismo dos consumidores vem de Florianópolis, com 51,7% dos moradores acreditando na retomada da economia. Os joinvilenses estão mais pessimistas, para 44,8% 2016 será mais um ano de retração econômica no país.
Já em relação à segurança no emprego, que exerce grande poder de influência na decisão da compra, 43% dos catarinenses se sentem seguro em seu trabalho. Apesar da sensação de estabilidade, a resposta “não está empregado” aparece logo depois com 19,1%, seguida pela sensação de muita segurança (16,5%) e inseguros (15,9%).
No caderno de finanças do consumidor, a palavra-chave é economia, visto que 36,7% pretende economizar. O sonho de ter a casa própria ainda faz parte dos planos (13,4%), a compra de um automóvel e a reforma da casa é opção para 9,6% dos entrevistados.
Empresário cauteloso
Quanto à perspectiva do empresário do comércio em Santa Catarina, 46% apostam em um ano de recuperação na economia, seguido pelos que esperam um volume de venda regular (28%), ótima (17%) e ruim (6%).
Mais de 70% dos empresários entrevistados afirmaram que não pretendem ampliar seu quadro de trabalhadores, decisão que impacta na criação de novos postos de trabalho, repetindo o comportamento de baixa criação de vagas do ano anterior.
Os investimentos devem ficar de fora do planejamento das empresas do setor, já que mais de 69% dos empresários entrevistados afirmaram que não realizarão aquisições neste ano. Uma pequena parcela 12,9% pretende ampliar o estabelecimento e 11,4% deseja abrir novas lojas.
A maioria dos empresários ouvidos (61,1%) não pretende diversificar o negócio, enquanto que 32,4% vão adotar a estratégia na busca por inovação em um período de queda no volume de vendas.