Criação de empregos sobe em março, mas desempenho fica abaixo de 2014

Atualizado em 23 abril, 2015

O saldo de empregos formais em março foi positivo (3.948 vagas) em Santa Catarina. Entretanto, este resultado foi pior do que o observado em março de 2014, quando o estado criou 6.414 vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). No Brasil, houve saldo positivo de 19.282 empregos formais. Esta marca representa uma alta em relação ao mesmo mês de 2014 quando foram criadas 13.117 vagas.

Também no Brasil, no primeiro trimestre, o saldo líquido é negativo em -64.907 postos de trabalho, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o país havia criado 303.535 empregos. Em Santa Catarina, no mês de março, apenas a agropecuária apresentou resultado negativo de -3.749 vagas. A indústria (1.876), a construção civil (415), o comércio (1.239) e os serviços (4.167) obtiveram resultados positivos.

No Estado, a baixa criação de vagas está relacionada com os indicadores econômicos. Os setores, acossados pelo forte aumento do custo do trabalho, apresentaram resultados inferiores a 2014, exceto o setor de serviços. A agropecuária teve um desempenho -50,1% menor que em 2014. O comércio, com volume de vendas em declínio, aprofundou drasticamente as demissões. O saldo negativo no primeiro trimestre de 2014 foi de -1.538. Este ano, no mesmo período, já chegou a -4.076. A indústria com a atividade em queda no Estado (-3,6% no acumulado de 12 meses) reduziu sua criação de postos de trabalho em -63,1% e, por fim, os serviços, com um saldo de vagas de 11,3% superior, mas com um parâmetro de comparação já baixo, sentem os efeitos da própria desaceleração dos demais setores.

Para a Fecomércio SC, estes resultados negativos tanto para Santa Catarina, quanto para o Brasil, preocupam e demonstram que o mercado de trabalho já não consegue mais ser tão dinâmico como foi visto especialmente partir da última década. A elevação dos custos do trabalho não vem acompanhada por aumentos de produtividade, o que em compressão da margem de lucro das empresas, inflação e redução em seus investimentos. Neste início de ano, essa situação se agravou pelo mau desempenho da economia brasileira, o que reduz a confiança do empresário em investir e, por consequência, retrai a criação de empregos formais. O resultado desse processo é o panorama atual da economia brasileira, de longa estagnação do crescimento. A Fecomércio SC defende uma ampla reforma tributária e trabalhista, a fim de aumentar a competitividade de nossas empresas e sair do patamar de baixo crescimento.
 

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