Defasagem da tabela do Imposto de renda prejudica o consumo das famílias, diz Fecomércio

Atualizado em 20 janeiro, 2015

A defasagem da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 2014 chegou a 64,28% no acumulado desde 1996, de acordo com estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Em 2015, pode fechar o ano em 75,43% de acordo com a mesma instituição, caso a inflação seja de 6,79%. Ou seja, ano após ano, o montante de renda que poderia ser disponibilizado para a melhoria do potencial de consumo e quitação de dívida das famílias brasileiras, passa a ser destinado para a Receita Federal, aumentando a elevada carga tributária brasileira.

Para a Fecomércio, essa defasagem é injusta economicamente, ainda mais no atual cenário de desaceleração do consumo das famílias, no qual a perda deste montante de recursos para o IR é ainda mais nociva. Na segunda-feira, dia 19, a presidente Dilma Rousseff vetou Medida Provisória 656/2014 que previa ajuste de 6,5%, medida que poderia reduzir a defasagem. Desse modo, continuará em vigor o reajuste de 4,5% que equivale ao centro da meta de inflação.

A Fecomércio considera equivocada a decisão da presidente, ainda mais num contexto de desaceleração do consumo, e reforça que a revisão da tabela deveria seguir a estimativa de inflação anual, de modo que a defasagem vá se reduzindo com os anos. Somente assim, com medidas desse tipo, o governo indicaria que realmente está disposto a realizar uma verdadeira reforma tributária no país, gerando um novo ciclo de crescimento para a economia brasileira.
 

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