Deputado fala na reunião de VP em Itajaí da necessidade de se criar incentivos às empresas do comércio

Atualizado em 19 junho, 2015

Na segunda parte da 9ª Reunião de Vice-presidência da Região do Vale do Itajaí, o encontro do Observatório do Comércio contou com a participação do deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD), que falou sobre a criação da delegacia especializada no combate à pirataria e da necessidade de se criar um programa de incentivo às empresas do comércio.

“Neste momento de crise, o Estado precisa estimular o setor produtivo por meio de incentivos às empresas que geram emprego e renda aos catarinenses. O comércio está alijado desses mecanismos de incentivo, como os que existem para a indústria, e me coloco à disposição para trabalharmos conjuntamente neste sentido”, afirmou o deputado, destacando, na questão da pirataria, que atualmente a DEIC conta com um efetivo reduzido para atuar, em todo o território catarinense, no combate a este tipo de fraude.

Agenda política

O assessor de Relações Institucionais da Fecomércio, Elder Arceno, apresentou a terceira edição da Agenda Política e Legislativa da Fecomércio. “Procuramos, nesta abertura de novas legislaturas na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, elaborar uma agenda mais propositiva da federação, construída a partir do documento chamado Carta do Comércio, resultado da pesquisa que fizemos no ano passado, dentro do Observatório do Comércio, com empresários e representantes de entidades sindicais de todas as regiões do Estado, e que foi entregue aos candidatos ao governo de Santa Catarina na eleição passada, contendo as mais de 100 reivindicações do setor e apontando os principais gargalos que impedem o pleno desenvolvimento do comércio, principalmente na questão da infraestrutura”, afirmou.

Mobilidade urbana

E foi justamente a questão da insfraestrutura o objeto da explanação de Luciano Córdova, da assessoria econômica da Fecomércio, que apresentou os resultados da Pesquisa de Mobilidade Urbana publicada pela federação no início deste ano. Córdova pontuou a necessidade de se desenvolver políticas públicas que resolvam os problemas de insfraestrutura urbana, principalmente nos maiores municípios.

“A evolução do crédito para aquisição de automóveis, na década passada, foi de quase 800%. Isso provocou uma expansão do número de automóveis. Em 2000, 46,11% dos domicílios catarinenses tinham automóveis. Em 2010, esse número subiu para 61,99%. E a concentração de automóveis nas grandes cidades agrava o problema do tráfego. Blumenau, por exemplo, tem a segunda maior taxa de automóveis por 100 habitantes em Santa Catarina, com 41,3. Entre as cidades região, Brusque tem 39,8, Rio do Sul tem 37,4, Balneário Camboriú tem 34,9 e Itajaí tem 34,5 automóveis por 100 habitantes. O potencial turístico fica bastante represado por causa dos problemas de mobilidade urbana, que causa impacto também no setor de serviços e no comércio varejista”, disse Córdova, apontando como principais demandas do setor nesta questão a duplicação e a melhoria da pavimentação da BR-470, a implantação da Rodovia Interpraias ligando todo o Litoral catarinense, o contorno viário de Blumenau, com a construção de vias rápidas e túneis, e a Via Expressa Portuária de Itajaí.

Para o vice-presidente da Atacado da Fecomércio, Amarildo Silva, a região do Vale do Itajaí conta com apenas seis deputados em uma bancada de 40 na Assembleia Legislativa, e essa questão da representatividade dificulta a resolução dos problemas enfrentados pelo setor. “Os parlamentares da região têm um trabalho dobrado para nos representar. Sobre essa questão da infraestrutura urbana, posso falar que não existe atacado sem mobilidade. A dificuldade de operação dos nossos caminhões de carga é imensa. Itajaí tem um porto desde sempre, e mesmo sendo o maior PIB de Santa Catarina, ainda não tivemos força política capaz de tornar a Via Expressa Portuária numa realidade”, enfatizou Amarildo.

Feiras itinerantes

Elder Arceno falou sobre a questão da pirataria lembrando a participação da Fecomércio na reunião da Frente Parlamentar do Varejo realizada na última terça-feira, na Assembleia Legislativa, enfatizando o trabalho que vem sendo desenvolvido pela entidade, junto com a Fecam, no sentido de se avançar nas legislações municipais que restrinjam as famosas Feiras do Brás.

Presidente do Sindicomércio de Rio do Sul, Orival Seola contou que o município enfrentou um problema bastante grave com relação às feiras itinerantes. A solução, segundo ele, foi a elaboração e a aprovação, num trabalho conjunto das entidades empresariais com a Câmara de Vereadores e Prefeitura, de uma lei (nº 5421, de 22 de novembro de 2013), que não proíbe a realização dessas feiras, mas cria uma série de exigências legais e restrições ao funcionamento desse tipo de comércio eventual. “Antes, mesmo que tentássemos impedir, eles obtinham uma liminar na Justiça e realizavam os eventos. Agora, com essa lei, que acredito possa servir de exemplo para todos os outros municípios catarinenses, as feiras itinerantes nunca mais se estabeleceram em Rio do Sul”, revelou.

Presenças

Participaram da Reunião de Vice-Presidência da Região do Vale do Itajaí presidentes e representantes dos seguintes sindicatos: Sincavi de Blumenau, Sirecom Foz do Itajaí, Secovi de Balneário Camboriú, Sincomércio de Itajaí, Sincomércio de Balneário Camboriú, Sindilojas de Brusque, Sindasseb de Blumenau, Sindicomércio do Alto Vale do Itajaí (Rio do Sul), Sindimad de Itajaí, Sinbac de Balneário Camboriú, Sincadi de Itajaí e Intersindical Patronal de Itajaí.
 

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