MERCADO

Desemprego chega a 11,8% em agosto, a maior taxa dos últimos quatro anos

Atualizado em 21 junho, 2018

O desemprego aumentou para 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016, a maior taxa da série histórica iniciada em 2012. O índice continua alto, mas cresce em ritmo menor: em comparação ao trimestre móvel encerrado em julho (11,6%), o aumento foi de 0,2 pontos percentuais (p.p); de março a maio deste ano (11,2%), o crescimento foi de 0,6 p.p e em relação ao ano passado (8,7%) houve elevação de 3,0 p.p. na desocupação, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, o país Brasil fechou 33.953 postos de trabalho formal, enquanto que em julho o resultado foi de 94.724 vagas a menos, segundo dados do Ministério do Trabalho. Já em Santa Catarina, houve criação de 3.014, impulsionado pelo setor de serviços, que gerou 1.943. Em julho, o estado havia perdido 5.819 vagas de emprego.

O rendimento médio real (R$ 2.011) de junho a agosto de 2015 estabilizou frente ao trimestre de março a maio de 2016 (R$ 2.015) e também em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 2.047).

“No mesmo ritmo do desemprego, a renda vem caindo menos, o que será essencial para a retomada do consumo. Esses dados menos negativos são fruto do aumento dos índices de confiança, tanto do empresário, quanto do consumidor. Contudo, a recuperação e a volta do crescimento econômico só virão de maneira efetiva a partir do momento em que o cenário fiscal do Brasil se equilibre, provocando a queda dos juros e da inflação”, pontua Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

O contingente de desocupados chegou a 12 milhões, 5,1% a mais em relação ao trimestre de março a maio de 2016 (11,4 milhões), o que representa um aumento de 583 mil pessoas na fila do desemprego. Em relação a 2015, esta estimativa subiu 36,6%, um aumento de 3,2 milhões de pessoas.

A população empregada (90,1 milhões) caiu 0,8% frente ao trimestre de março a maio de 2016, um decréscimo de 712 mil pessoas. Em comparação com igual trimestre do ano passado (92,1 milhões de pessoas) foi registrado queda de 2,2%, ou seja, 2 milhões de pessoas ocupadas  a menos.

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