Emprego tem o pior julho desde 2009

Atualizado em 20 agosto, 2015

A taxa de desemprego no Brasil em julho (7,5%) ficou 0,6 ponto percentual acima de junho (6,9%) e subiu 2,6 pontos percentuais em relação a julho de 2014 (4,9%), de acordo com levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira. Essa foi a taxa de desocupação mais elevada para um mês de julho desde 2009 (8%). A população desocupada (1,8 milhão de pessoas) cresceu 9,4% (mais 158 mil pessoas) em comparação com junho e subiu 56% (mais 662 mil pessoas em busca de trabalho) em relação a julho de 2014.

Para a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego observado no mês de julho está fortemente relacionada à retração econômica nos últimos meses, à queda dos índices de confiança empresariais e à perspectiva de recessão em 2015. Esses fatores retraem a demanda por emprego por parte das empresas e podem ser visualizados no número reduzido de criação de vagas. Em Santa Catarina, no primeiro semestre de 2015, houve redução de 80% no saldo de vagas formais.

Segundo a pesquisa, a população ocupada (22,8 milhões) no conjunto das seis regiões em julho de 2015 ficou estatisticamente estável em ambas as comparações. A população não economicamente ativa (19,3 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,3 milhões) recuou 1,5% na comparação mensal e caiu 3,1% (menos 359 mil pessoas com carteira assinada) no ano.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 2.170,70) ficou estatisticamente estável frente a junho (R$ 2.163,54) e recuou 2,4% em relação a julho de 2014 (R$ 2.223,87). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 49,9 bilhões) em julho de 2015 ficou estatisticamente estável frente a junho e recuou 3,5% na comparação anual. A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 50,2 bilhões) em junho de 2015 ficou estatisticamente estável frente a maio e recuou 3,1% frente a junho de 2014.

Chama atenção também o desempenho da massa salarial, que é a quantidade de recursos disponíveis para o consumo imediato. Ela vem apresentando os menores resultados desde 2012. Isso já vem se refletindo na diminuição das vendas e é um fator que, no futuro, pressionará ainda mais a taxa desemprego. Com menos renda na família, a tendência é que mais pessoas saiam a buscar emprego, algo que nos últimos anos não estava sendo observado.

Portanto, a perspectiva para os próximos meses é que a taxa de desemprego continue subindo. Além disso, a forte elevação da população desocupada (56%) realça esses dois efeitos: retração no número de vagas de emprego e aumento do número de pessoas que entram no mercado de trabalho. São mais pessoas buscando emprego e não encontrando.
 

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