Endividamento sobe 5 pontos em um ano e impacta na redução de vendas no varejo

Atualizado em 30 março, 2015

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor catarinense (PEIC), divulgada pela Fecomércio SC, registrou queda de 1,9 ponto percentual no endividamento das famílias no mês de março, na comparação com fevereiro. Com relação ao índice anual, houve alta de 5 p.p., passando de 52,5%, em março de 2014, para 57,5% neste mês.

O percentual de famílias com contas em atraso subiu para 15,5%. No mês passado encontrava-se em 13,9% e, em março de 2014, 13%. Já o indicador das famílias que não terão condições de pagar suas dívidas atingiu pelo segundo mês consecutivo o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2013, com 8,7%. Isso é reflexo da retração da renda, que diminui os recursos disponíveis para o pagamento das dívidas.

O percentual dos muito endividados, que estava em 13% no mês passado, subiu para 14,4% este mês. No ano, essa porcentagem subiu 6,9 p.p. Já em relação aos tipos de dívida dos catarinenses, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento das famílias catarinenses, com 46,2%. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os carnês (30,9%), o financiamento de carro (29,6%) e o crédito pessoal (21,8%).

A maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (50,1%). A parcela da renda das famílias comprometida com dívidas apresentou alta, passando de uma média de 30,6% em fevereiro para 31,8% em março, ou seja, em níveis que geram certa preocupação.

Levantamento nas cidades

Entre as cidades, Florianópolis é a com o maior percentual de famílias endividadas, com 85,5%, seguida por Blumenau, com 49,5%, e Joinville, com 48,6%. Em relação ao percentual de famílias com contas em atraso Florianópolis também lidera com 21,8%. Itajaí e Blumenau apresentam o menor percentual de inadimplentes. Sobre o nível de endividamento das famílias, Florianópolis lidera entre os muito endividados, com 26,8%, e Blumenau tem o menor percentual nesse indicador, com 7,1%. Já em relação aos tipos de dívida nas cidades, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, com especial destaque a Florianópolis, com 65,3%.

Itajaí lidera entre as família com dívidas por mais de um ano, com 63,3%. Na média, a cidade, cujos moradores adquirem dívidas por mais tempo é Joinville com 9,5 meses. A com menor tempo é Florianópolis com 7,3 meses. Nas contas em atraso, os chapecoenses, com a maior média do Estado, levam em torno de 70,7 dias para quitá-las. A cidade que apresenta o maior percentual de seus habitantes com uma percentual de renda comprometida com dívidas superior a 50% é Joinville (31,7%) e, por isso, também apresenta a maior parcela da renda comprometida com dívidas (33,7%).

Impacto no varejo

O endividamento e o percentual da renda comprometida com dívidas continuam relativamente altos, especialmente pelos elevados juros. Nesse sentido, o varejo vem sentindo o impacto em seu volume de vendas reduzido. Isto é, o crescimento anual das dívidas, associado ao aumento dos juros, está impactando na capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito e não no forte aumento da inadimplência. Nesse sentido, o sistema financeiro permanece saudável; mas, por outro lado, o comércio e a economia como um todo se deterioram.

Veja a pesquisa na íntegra aqui.
 

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