Estabilidade no índice de desemprego está vinculada à redução da oferta de vagas formais, diz Fecomércio

Atualizado em 09 dezembro, 2014

Para a Fecomércio SC, os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio contínua do terceiro trimestre de 2014, divulgados nesta terça-feira, demonstram estabilidade no índice de desemprego. Isso está vinculado a uma diminuição da população que busca emprego (visto que a criação de vagas formais está se reduzindo). A queda ocorre porque as elevações da renda familiar, nos últimos anos, permitem que parte da família não precise entrar no mercado de trabalho tão cedo.

Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação para o Brasil, no 3º trimestre de 2014, foi estimada em 6,8%. Houve estabilidade em relação ao 2º trimestre de 2014 (6,8%) e 3º trimestre de 2013 (6,9%). O nível da ocupação para o mesmo período (56,8%) permaneceu estável frente ao 2º trimestre do mesmo ano (56,9%) e em relação ao 3º trimestre de 2013 (57,1%).

Entretanto, o crescimento da renda está desacelerando, o que provocará pressões na taxa de desemprego em 2015, pois a população economicamente ativa voltará a subir e a tendência é que não se crie um número equivalente de postos de trabalho. Por fim, a diferença das taxas de desemprego regional e dos jovens chama a atenção. São necessárias políticas capazes de garantir desenvolvimentos regionais mais equânimes e outras que priorizem uma melhor capacitação dos jovens.

No 3º trimestre de 2014, 78,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, com avanço de 1,5 ponto percentual em relação ao 3º trimestre de 2013. As regiões Norte (65,6%) e Nordeste (63%) mostraram os menores percentuais nesse indicador.

No enfoque regional da desocupação, a região Nordeste foi a que apresentou a maior taxa de desocupação, 8,6%, e a região Sul, a menor, 4,2%. Em relação ao 3º trimestre de 2013, a taxa da região Nordeste caiu 0,4 ponto percentual. A região Norte destacou-se com redução no mesmo período de 0,6 ponto percentual, de 7,5% passou para 6,9%, e igualou-se pela primeira vez na série histórica à taxa da região Sudeste (6,9%). Foram verificadas ainda diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens (5,7%) e mulheres (8,2%).

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, 15,3%, apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (6,8%). Este comportamento foi verificado em todas as cinco grandes regiões, onde a taxa oscilou entre 10,2% no Sul e 19,1% no Nordeste. Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade este indicador no país foi de 6,4% e 3,4%, respectivamente.

A PNAD diferencia-se da PME em sua metodologia, já que abrange 3,5 mil municípios, enquanto que a PME coleta dados apenas em seis regiões metropolitanas – onde o desemprego tende a ser menor. A PNAD contínua também considera como força de trabalho as pessoas a partir de 14 anos, enquanto a PME (que seguia metodologia internacional anterior) coloca nesse grupo as pessoas a partir dos 10 anos.
 

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