Estagnação econômica e alto custo do trabalho refletem na baixa oferta de empregos, diz Fecomércio SC

Atualizado em 26 janeiro, 2015

Para a Fecomércio SC, os resultados negativos apresentados pelos números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), disponibilizados na última sexta-feira, dia 23, pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), tanto para Santa Catarina, quanto para o Brasil, preocupam e demonstram que o mercado de trabalho já não consegue mais ser tão dinâmico quanto na última década. A elevação dos custos do trabalho não vem sendo acompanhada por aumentos de produtividade. Deste modo, o resultado é a compressão da margem de lucro das empresas e a redução em seus investimentos. Isso é um reflexo do panorama atual da economia brasileira, de longa estagnação do crescimento. A Fecomércio SC defende uma ampla reforma tributária e trabalhista, a fim de aumentar a competitividade de nossas empresas e sair do patamar de baixo crescimento.

Os dados do Caged mostraram que os setores do comércio (com 10.544) e de serviços (com 28.480) foram os que mais criaram vagas em Santa Catarina, em 2014. Das 47.821 vagas criadas no ano passado, os demais setores empregaram 4.808 pessoas na indústria; 4.227 na construção civi; e -238 na agropecuária. No entanto, o saldo de empregos formais em dezembro foi negativo (-36.691) em Santa Catarina, resultado pior do que o observado em dezembro de 2013, quando o Estado fechou -34.330 vagas. Todos os setores apresentaram resultados negativos: comércio (-784); serviços (-9.606); indústria (-19.606); construção civil (-4.722) e agropecuária (-1.973).

No Estado, a baixa criação de vagas está relacionada com os indicadores econômicos. Todos os setores, acossados pelo forte aumento do custo do trabalho, apresentaram resultados inferiores a 2013, com exceção da construção civil. Este setor teve um desempenho 14,8% maior que em 2013. O comércio, com volume de vendas em declínio, reduziu em 26,1%. A indústria, já intensificando a adoção de férias coletivas e com a atividade em queda no Estado (-2,2% no acumulado de 12 meses), reduziu sua criação de postos de trabalho em -74,5% e, por fim, os serviços, com um saldo de vagas de -10% inferior, sentem os efeitos da própria desaceleração dos demais setores.

No Brasil, houve saldo negativo de -555.508 empregos formais. Esta marca representa uma queda em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram criadas -449.444 vagas. O resultado representa o pior desempenho para o mês desde 2008. Também no Brasil, no acumulado de 2014, foram criados 152.714 novos postos de trabalho, 79% a menos que em 2013 (730.687).
 

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