Fecomércio lamenta que realismo tarifário não tenha sido feito de maneira gradual

Atualizado em 06 março, 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro apresentou variação de 1,22%, resultado próximo ao de 1,24% de janeiro. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014. Nos últimos 12 meses, a taxa foi para 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%.

A forte alta da inflação no mês de fevereiro é prejudicial ao comércio e aos serviços, já que corrói o poder de compras das famílias e prejudica as vendas no setor. Este aumento em fevereiro está associado ao reajuste do PIS/COFINS que incide sobre a gasolina, à elevações nas tarifas do transporte urbano e à adoção do novo sistema de bandeiras tarifárias para a energia elétrica. Para o mês de março, a tendência é o índice continuar pressionado, já que entrarão na conta mais aumentos na energia elétrica.

Esses reajustes dos preços administrados fazem parte da nova política adotada pelo governo federal de “realismo tarifário” e está inserida no programa de ajuste econômico do Ministério da Fazenda. A Fecomércio SC lamenta que essa política, de “realismo tarifário” não foi adotada de maneira lenta e gradual aos longos dos últimos anos, o que evitaria grandes baques no índice de preços e, consequentemente, evitaria grandes aumentos nos juros, o que prejudica ainda mais investimentos, para controlar a inflação.

Gasolina foi a vilã

O destaque individual do mês ficou com a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Ela foi responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Sob esta forte pressão, os gastos com Transportes subiram 2,2%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês (0,41 ponto percentual).

Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a variação mais elevada foi registrada no grupo Educação, que atingiu 5,88%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,24%. Em Habitação (1,22%), o destaque ficou com a energia elétrica, com alta de 3,14%.

Já no grupo dos Artigos de Residência (0,87%), a alta foi puxada pelos eletrodomésticos, cujos preços se elevaram em 2,15%, e pelos serviços de conserto e manutenção de equipamentos domésticos, que subiram 1,7%. Quanto ao grupo Alimentação e Bebidas, com alta de 0,81%, observa-se redução no ritmo de crescimento de preços, tendo em vista a taxa de 1,48% registrada no mês anterior. Os alimentos consumidos fora de casa (0,95%) tiveram aumentos acima dos consumidos em casa (0,74%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 1,16% em fevereiro, 0,32 p.p. abaixo do resultado de 1,48% de janeiro. Nos dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,66%, acima do percentual de 1,27% registrado em igual período de 2014. Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 7,68%, bem acima da taxa de 7,13% dos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2014, o INPC foi de 0,64%.
 

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