Governo propõe meta fiscal para 2017 com déficit de R$ 139 bi

O Governo Federal anunciou na noite desta quinta-feira (8) a meta fiscal prevista para 2017. Será mais um ano de déficit de 139 bilhões, além de R$ 1 bilhão para os estados, mas menor do que o previsto para 2016 (R$ 170,5 bilhões). O Brasil poderá fechar o quarto ano consecutivo em déficit, o que preocupa já que a trajetória da dívida pública cresce com os sucessivos saldos negativos. 

No ano de 2015 chegou a 66,2% do PIB. Em 2014 estava em 57,2% do PIB. Com isso, os juros se mantêm elevados, prejudicando a retomada dos investimentos e a renda das famílias.

No entanto, a meta para 2017- dada as condições fiscais do estado brasileiro de forte deterioração das contas públicas- é realista e devolve credibilidade e previsibilidade à política fiscal. Para a meta ser cumprida, o rigor com os gastos públicos deve prosseguir em 2017 e a venda de ativos deve se intensificar.

A ideia de aumento de impostos ainda não foi plenamente rechaçada pelo governo. “A Fecomércio SC se opõe a qualquer elevação de tributos. A carga tributária já está elevada demais, por volta de 39% do PIB, enquanto a média internacional é de 30%. Isso prejudica a competitividade da economia brasileira e seu dinamismo econômico”, comenta o presidente da Federação, Bruno Breithaupt.

Serão necessárias medidas de cunho estrutural, como a proposta que vincula o crescimento do gasto público a inflação, que deverá ser aprovada para evitar o prolongamento do déficit, e as reformas trabalhista, capaz de elevar a produtividade da economia, e a da previdência, a qual algumas reversões nos benéficos de auxílio-doença e invalidez também foram anunciadas. A expectativa é de economia de R$ 6,3 bilhões.