ECONOMIA
Inflação volta a acelerar em fevereiro puxada pela Educação
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a acelerar em fevereiro (0,84%), depois de variar 0,53% em janeiro. Na comparação com igual período dos anos anteriores, o resultado é menor do que 2022 (1,01%, valor recorde desde 2015) e 2021 (0,86%).
Leia a análise: IPCA Fevereiro/2023
A inflação elevada, persistente e disseminada ao consumidor aumenta as probabilidades do índice superar a meta da inflação para 2023, conforme ocorreu no ano passado. Segundo o índice de difusão mensurado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que mostra o percentual de itens com aumento de preços, houve alta de 65,25% dos produtos, variação de 2,12 p.p. em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2020, período pré-pandemia, a pressão no momento atual é alta, pois naquele momento o índice foi de 49,34%.
O IPCA acumulado no ano de 2023 é de 1,37%, 0,19 ponto percentual (p.p.) menor do que o observado em fevereiro de 2022 (1,56%). Em relação a fevereiro de 2021 (1,11%), o resultado é maior em 0,29 p.p. Já na comparação dos últimos doze meses, o desempenho de fevereiro mostra certo arrefecimento ao cair 0,17 p.p., saindo de 5,77% para 5,60% na passagem mês a mês.
O principal impacto no índice veio do grupo Educação, que apresentou a maior alta na passagem do mês (6,28%) desde janeiro de 2020, época em que a estrutura de ponderação dos itens que compõe o IPCA foi atualizada de forma não retroativa, impedindo uma comparação direta com os dados anteriores. Embora o grupo tenha um claro comportamento sazonal pelo qual são esperados aumentos no início dos anos, a magnitude de agora surpreendeu.
Confira os dados no painel de BI:
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