Material escolar: faturamento recua 6% com queda no volume de vendas em Santa Catarina

Atualizado em 27 dezembro, 2017

O resultado de vendas das papelarias, livrarias e supermercados na volta às aulas aponta que a cautela continua a palavra de ordem dos catarinenses. As compras do material escolar este ano movimentaram o comércio, com tíquete médio de R$ 119,61, valor 15,7% maior do que no ano passado, no entanto, o faturamento recuou 6% por conta da queda no volume de vendas. Na comparação com os demais meses, o período registrou aumento de 24,2% na receita, mostrando a relevância do início do ano letivo para o varejo. Os dados são da pesquisa da Fecomércio SC realizada com 405 empresas em Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí e Florianópolis, entre os dias 13 e 15 de fevereiro.

Confira a pesquisa completa

“A renda das famílias encolheu do ano passado para cá, o que acaba refletindo no orçamento disponível e, consequentemente, no caixa das lojas. Com a retomada da confiança prevista para 2017, os consumidores devem recuperar seu poder de compra e aquecer novamente o comércio catarinense”, conforme o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. Os empresários também estão comedidos nos investimentos: 13,2% dos estabelecimentos em Santa Catarina reforçaram o quadro de funcionários com temporários. Destaque para Itajaí com o maior percentual (26,5%) de contratação.

Os pais e responsáveis optaram pelo pagamento à vista (71,4%), em dinheiro (31,3%), cartão de crédito (24,6%) ou débito (15,5%). O resultado é considerado um bom sinal para o setor, visto que SC que já amarga índices de endividamento e inadimplência na casa dos 57,5% e 18,9%, respectivamente.

A percepção de quem estava do outro lado do balcão é que as pesquisas de preço não foram tão expressivas como nas outras datas: 42,1% perceberam frequência mais baixa, 41,4% alta e 16,5% razoável. O índice de consumidores que adotam esta estratégia pode variar por conta da comparação de preços na internet e a tendência de autoatendimento nas lojas.

Leia mais:

Queda na renda das famílias impacta nas vendas do material escolar em Lages

Consumidores de Joinville são os mais econômicos na compra do material escolar

Pais optam pela compra à vista para escapar do endividamento em Florianópolis

Criciúma tem alta de 2% no faturamento com venda do material escolar

Comércio de Chapecó tem segundo menor tíquete médio

Volta às aulas aquece vendas do comércio em Blumenau

Itajaí tem maior tíquete médio na compra do material escolar

Olhar do consumidor

O relatório de Avaliação dos Consumidores, que detalha a experiência de compras na data, destaca que 91% dos pais e responsáveis encontraram com facilidade os itens procurados, mostrando que o comércio manteve os estoques abastecidos e com variedade de produtos. O principal destino das compras foram as papelarias/livrarias e comércio de rua (88,4%).

Os materiais foram comprados para estudantes da rede pública (76,9%), principalmente do ensino fundamental (44,3%).  O gasto médio ficou em R$ 265,76 em Santa Catarina- o valor investido foi maior para os estudantes de escolas particulares (R$403,89), em contraponto aos de instituições públicas (R$239,27). Embora este gasto seja superior a 2016 (R$223,04), o avanço reflete o aumento da inflação no período nos itens de material escolar.

Entre as estratégias mais utilizadas para economizar na volta às aulas estão a reutilização de materiais do ano anterior (45%), que aumentou 3,5 pontos em relação a 2016, e a pesquisa de preço em diversas lojas (42,9%), que caiu 7,2 p. A maioria (56%) também afirmou que os produtos solicitados na lista eram necessários/pertinentes, embora 28,4% questionaram o pedido de itens de uso coletivo como papel higiênico (6,9%), dinheiro para xerox (1,7%), lençol (0,9%) e até farinha (0,9%).

Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas

Confira também o relatório de Avaliação do Consumidor

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