Mesmo com Dia das Mães, varejo catarinense apresentou queda em maio

Atualizado em 28 dezembro, 2017

O comércio varejista catarinense apresentou uma variação de -2,1% no volume de vendas em maio na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, dia 15, pelo IBGE. No acumulado em 12 meses o volume de vendas chegou a – 0,7%, o pior resultado desde novembro de 2003. Quanto à receita nominal, a variação acumulada em 12 meses é de 5%, queda em relação aos 5,5% de abril.

Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas

Para a Fecomércio SC, o resultado preocupa, já que o cenário é de pessimismo e a desaceleração do setor está se prolongando por um longo período. Preocupa, também, o fato de que a receita nominal apresentou resultado abaixo da inflação: crescimento de 4% em relação a maio de 2014, enquanto que a inflação acumulada no período foi 8,4%. Isso significa que o aumento dos custos já não mais está sendo coberto pelo aumento das receitas. Soma-se a isso o agravante de que o mês de maio é um mês típico de grande movimentação do comércio, devido ao Dia das Mães. Isto não ocorreu este ano, já que houve variação negativa no volume de vendas entre abril e maio também no Brasil, com um recuo de -0,9%, feitos os ajustes sazonais.

De acordo com a Fecomércio, essa situação prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a retração econômica. A inflação persistente, corroborada pelo aumento do preço dos insumos básicos, como a energia e combustíveis, e que já se espalha para outros setores da economia, reduz a renda real das famílias, diminuindo os recursos disponíveis para o consumo. Além disso, se observa uma maior restrição ao crédito, através das elevadas taxas de juros que batem recordes mês a mês (em maio, os juros a pessoa física chegaram a 119,4% a.a.), associada a uma perspectiva de desaceleração do emprego.

Nos segmentos do varejo catarinense, o crescimento da variação de vendas acumulada em 12 meses é: combustíveis e lubrificantes, 2,6%; Hipermercados e supermercados, -4%; tecido, vestuário e calçados, 2%; móveis, -4,7%, eletrodomésticos, 1,2%; artigos farmacêuticos, 7,3%; livros, jornais e revistas, -3,9%; equipamentos e material de escritório, informática e comunicação, -1,2% e material de construção: 4,3%.

País

Em maio de 2015, o Comércio Varejista do País registrou variação de -0,9% no volume de vendas, com relação ao mês anterior, ajustada sazonalmente, sendo o quarto mês consecutivo com resultado negativo, e o pior desde março de 2004. Nesta mesma comparação, a variação da receita nominal permaneceu constante (0,0%). Quanto à média móvel trimestral, o volume de vendas registrou variação de -0,8%, enquanto a receita apresentou taxa de -0,2%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional apresentou, em termos de volume de vendas, decréscimo de 4,5% sobre maio do ano anterior, acumulando variações de -2,0% no ano e de -0,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variação de 1,9%, 4,1% e de 5,7%, respectivamente.

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