PIB do setor de serviços cresce 0,6% no 3º trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) variou 0,1% no 3º trimestre de 2017 frente ao 2º trimestre, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período de 2016, o crescimento foi de 1,4%. Já no acumulado em quatro trimestres terminados no 3º trimestre de 2017, o PIB registrou queda de 0,2%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB cresceu 0,6% em relação a igual período de 2016. Em valores correntes, alcançou R$ 1,641 trilhão no 3º trimestre.
Na variação trimestral, a Indústria teve crescimento de 0,8% e os Serviços em 0,6%, frente à queda de 3% da Agropecuária. Nos Serviços, apresentaram resultado positivo o Comércio (1,6%), as Atividades imobiliárias (0,9%) e as Outras atividades de serviços e a Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social, ambos empatados em 0,2%. Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1%), Transporte, armazenagem e correio (0,0%) e Informação e comunicação (-0,1%) registraram estabilidade.
Entre as atividades industriais houve crescimento de 1,4% nas Indústrias de transformação e variação positiva de 0,2% nas Indústrias extrativas. As demais se mantiveram praticamente estáveis: Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,1%) e Construção (0,0%).
Na análise da demanda interna, considerando o resultado acumulado do ano até setembro de 2017, destaca-se a queda de 3,6% da Formação Bruta de Capital Fixo. A Despesa de Consumo das Famílias variou positivamente em 0,4%, enquanto que a Despesa de Consumo do Governo (-0,6%) acumula queda no ano. Analisando-se o setor externo, as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 3,9%, enquanto que as Exportações de Bens e Serviços cresceram 4,0%.
De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, a alta foi puxada pelo incremento do consumo, principalmente por conta da liberação dos saques do FGTS, o crescimento real da massa salarial e as exportações, que seguem trajetória de alta. A taxa de investimento, indutor de um crescimento sustentado da economia, ainda mantém-se deprimida.
“Para o Brasil voltar a crescer é necessário um novo modelo de desenvolvimento calcado em maiores estímulos aos investimentos privados e à atividade produtiva. Precisamos elevar a taxa de investimento para obter ganhos de produtividade. Isso será possível a partir da redução dos custos embutidos na produção, por meio de uma reforma tributária que simplifique e desburocratize o imposto do país e diminua o custo do transporte e logística”, afirma. Segundo ele, a Reforma da Previdência também pesa nesta conta ao estimular a estabilização da economia com a redução do endividamento público.