PIB do setor de serviços cresce 0,6% no segundo trimestre do ano

Atualizado em 02 setembro, 2017

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2017 em relação aos três meses anteriores, na série com ajuste sazonal. Esta foi a segunda alta seguida nesta comparação, após oito trimestres consecutivos de queda. Apesar de positivo, o resultado deve ser ponderado, visto que ainda não há uma tendência clara de recuperação da atividade econômica.

Na comparação com o mesmo período de 2016, o PIB cresceu 0,3%. No acumulado dos últimos quatro trimestres, teve queda de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,6 trilhão. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2017 foi 1 ponto percentual abaixo da observada no mesmo período do ano anterior (15,6%).

A Agropecuária apresentou estagnação (0,0%), a Indústria caiu 0,5% e os Serviços , no qual o comércio faz parte, cresceram 0,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano.

De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, o pequeno avanço foi puxado pelo incremento do consumo, resultado principalmente da liberação dos saques do FGTS, o crescimento real da massa salarial e pelas exportações, que seguem trajetória de alta. “O comércio e a agricultura se beneficiaram, enquanto que a indústria recuou, aprofundando os desequilíbrios econômicos na medida em que a taxa de investimento, indutor de um crescimento sustentado da economia, caiu para apenas 15,5%”, explica Córdova.

Após nove trimestres negativos, o Consumo das Famílias voltou a crescer (1,4%). Já o Consumo do Governo (-0,9%) e a Formação Bruta de Capital Fixo   (-0,7%) registraram queda. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços registraram variação positiva de 0,5%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços caíram 3,5% em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Conforme o presidente da Federação, Bruno Breithaupt, para o Brasil voltar a despontar é preciso buscar um novo modelo de crescimento baseado em estímulos aos investimentos privados e à atividade produtiva. “É condição indispensável elevar a taxa de investimento para obter ganhos de produtividade. Isso será possível a partir da redução dos custos embutidos na produção e nos transportes e logística, além de uma reforma tributária que simplifique e desburocratize o imposto no País”, afirma.

Para o líder empresarial, o ajuste das contas públicas, principalmente por meio da Reforma da Previdência, é bastante relevante, mas serve apenas para estabilizar a economia. “A atual situação política deve postergar a aprovação dessas medidas, atrasando assim a recuperação econômica. Para crescer precisamos tornar viáveis as grandes reformas modernizantes”, finaliza.

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