MERCADO

PIB tem queda histórica no 2º trimestre de 2020

Atualizado em 03 setembro, 2020

O IBGE divulgou nesta terça-feita (1) o resultado das Contas Nacionais para o segundo trimestre de 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou retração de 9,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a maior queda desde o início da série histórica, em 1996. Com o segundo trimestre consecutivo de variação negativa, o país entrou tecnicamente em recessão. Considerando também a retração de 1,5% no primeiro trimestre, as perdas acumuladas ficaram em 5,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse resultado, apesar de negativo, estava alinhado às projeções do mercado e pode ser considerado positivo em comparações internacionais. Na comparação trimestral, o principal componente da demanda afetado em termos absolutos foi o consumo das famílias (-12,5%) e em termos relativos a Formação Bruta de Capital Fixo (-15,4%), o que indica problemas tanto no consumo presente como no investimento para o futuro. As importações (-13,2%) também foram duramente impactadas e o consumo do governo (-8,8%) reduziu-se consideravelmente, apesar de ter sido o componente com menor variação negativa, somente o componente das exportações (1,8%) apresentou crescimento.

Em relação ao recorte setorial, apenas três subsetores tiveram resultado positivo na comparação trimestral: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,8%), atividades imobiliárias (0,5%) e agropecuária (0,4%). O setor de serviços como um todo retraiu também 9,7%, porém o impacto foi ainda mais forte para o Comércio (-13,0%), transportes, armazenagem e correio (-19,3%) e outras atividades de serviços (-19,8%).

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado uma prévia do PIB, permite analisar com mais detalhes como a crise se distribuiu entre os meses e estados da federação. Primeiramente, constata-se que o impacto mais forte da crise ocorreu em Abril, quando o índice registrou queda de -9,6%, enquanto Maio (+1,6%) e Junho (+4,9%) já indicaram uma retomada. Já em Santa Catarina, ao analisar o IBCR-SC, percebe-se que o impacto em Santa Catarina foi antecipado, ocorrendo com maior intensidade em Março (-7,4%) do que em Abril (-5,3%), e retomando com mais força já em Maio (4,3%) – o resultado no acumulado do primeiro semestre indica que o estado (-5,1%) teve um desempenho superior à média nacional (-6,3%).

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