Preço dos alimentos desacelera inflação em setembro

Atualizado em 07 outubro, 2016

Índice voltou a cair e deve aliviar o bolso do brasileiro

A inflação brasileira voltou a cair no mês de setembro, puxada essencialmente pela deflação dos preços dos alimentos (-0,29%). O grupo, que vinha pressionando o índice até o mês passado, com alta de 9,11% de janeiro a agosto, deve manter o ritmo de desaceleração até o fim do ano, aliviando o bolso do consumidor.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)  variou 0,08%, abaixo dos 0,44% de agosto, atingindo o menor índice desde julho (0,01%) de 2014. Em relação aos meses de setembro, esta também foi a menor taxa desde 1998 (-0,22%). Com esse resultado, o acumulado no ano situa-se em 5,51%, inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (7,64%). No acumulado de 12 meses, a taxa caiu para 8,48%, índice também menor ao registrado entre setembro de 2014 e 2015 (8,97%).

“A queda na inflação em setembro aponta para um cenário positivo de recuperação do consumo. Com a consolidação das medidas anunciadas pelo novo governo e a alta de indicadores como o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) e Intenção de Consumo das Famílias (ICF), além da criação de mais postos de trabalho, a expectativa é de recuperação da economia”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Os preços dos artigos de residência (-0,23%) e transportes (-0,10%) também caíram. No primeiro grupo, as quedas vieram de TV, som e informática (-1,15%) e mobiliário (-0,65%). Os hotéis também caíram (-6,53%). Já as passagens aéreas (-2,39%), os automóveis usados (-1,50%) e a gasolina (-0,40%) foram as principais influências no grupo dos transportes.

Dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice, apenas três tiveram aumento em comparação a agosto: habitação (de 0,30% em agosto para 0,63% em setembro), vestuário (de 0,15% para 0,43%) e comunicação (de -0,02% para 0,18%). A alta na habitação foi influenciada pelo preço do botijão de gás (3,92%), que teve o maior impacto individual no índice do mês (0,04 p.p.).

“A expectativa para os próximos meses de 2016 é que a inflação continue em queda lenta, embora ainda deva permanecer em níveis elevados, entre 7,0% e 7,5%, e acima do teto da meta de 6,5%. Este movimento poderá trazer redução da taxa básica de juros ainda este ano”, pondera o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,08% em setembro, ficando também abaixo do registrado no mês anterior (0,31%). Com este resultado, o acumulado no ano foi para 6,18%, inferior a 2015 (8,24%). Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 9,15%, menor na comparação com os 12 meses anteriores (9,62%). Em setembro de 2015, o INPC registrou 0,51%.

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