Presidente da Fecomércio SC debate sobre desafios e perspectivas para o setor na abertura do CONTESC

Atualizado em 14 outubro, 2015

Responsável por 62,6% do PIB de Santa Catarina, o comércio de bens e serviço representa hoje cerca de 85% das empresas catarinenses, 271 mil apenas no comércio. Um dos setores mais representativos da economia- que emprega 1,6 milhão no Estado e gerou mais de R$ 3 bilhões em ICMS só no primeiro semestre – é também um dos mais afetados pela crise. Para debater sobre os desafios das empresas catarinenses com os profissionais que lidam com esses números na ponta de lápis, o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, abre a programação do 29º edição da Convenção da Contabilidade do estado de Santa Catarina (CONTESC), ao lado do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, nesta quarta-feira (14), no Centro de Convenções de Florianópolis (CentroSul), na Capital.

Um das palestras mais aguardadas é a do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que abordará sobre o TSE e a prestação de contas, no encerramento do evento, na sexta-feira, às 17h30.

Breithaupt apresentará a classe contábil uma leitura do atual cenário e as perspectivas para o setor terciário. “A crise econômica desacelerou o comércio de bens e serviço, que vem sendo pressionado cada vez mais pela alta carga tributária. Chegamos às taxas de juros mais altas da década e com inflação a 9,5%, o que impacta diretamente no volume de vendas e no fechamento de postos de trabalho. Até as contratações temporárias, que geralmente movimentavam o setor nesta época, terá uma retração de 50%, ou seja, apenas 4 mil novas vagas devem ser abertas em todo o Estado”, afirma Breithaupt.

De acordo com o dirigente, a política de elevação dos juros para combater o processo inflacionário, aliada ao baixo crescimento, provocou um revés na economia. Um das bandeiras da Federação, a reforma tributária é apontada como um dos caminhos para driblar a crise e trazer competividade novamente ao setor. O país está próximo de atingir a marca de 100 impostos. Caso a nova CPMF seja aprovada no Congresso, os brasileiros terão 93 tributos em vigor, entre impostos, taxas e contribuições. “O controle da inflação só será alcançado através da estabilização do endividamento e não com aumentos nos juros. O governo lança mão de políticas cada vez mais arrecadatórias. Eleva a carga tributária para recompor o déficit. A CPMF pode ter impacto de 1,3 bilhão em SC. A reforma do PIS/COFINS proposta pelo governo também implicará no aumento de mais de 100% na carga tributária do setor dos serviços. O novo Brasil só irá surgir se grandes reformas forem realizadas, entre elas a tributária, para reduzir e simplificar os impostos pagos, e a trabalhista, para equalizar os ganhos salariais com os crescimentos da produtividade”, finaliza.

O evento reúne cerca de 1200 pessoas, entre empresários da contabilidade, autônomos, profissionais liberais, auditores, peritos contábeis, Universidade, membros de associações e sindicatos da área e órgãos do governo, de 14 a 16 de outubro. A programação também contará com palestras sobre contabilidade na construção civil, e-social, normas internacionais e mercado de trabalho, além de Feira de Negócios, Produtos e Serviços Contábeis.

O sistema Fecomércio/Sesc/ Senac estará com um estande para apresentar os benefícios da Certificação Digital na desburocratização dos processos, além dos programas e serviços oferecidos nas duas entidades em todo o Estado.

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