Queda de 6% impacta varejo de SC, mas setor começa a reagir

Atualizado em 16 dezembro, 2016

Os resultados do comércio catarinense nos últimos meses dão sinais de que o volume de vendas parou de cair. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE, o varejo apresentou uma variação de -6,0% nas vendas na comparação com 2015. O setor teve aumento de 3,3% na receita nominal, abaixo do IPCA acumulado no período (7,97%). Nos dez primeiros meses de 2016, as vendas no conceito restrito (sem atividades de material de construção e veículos) recuaram 6,8%.

O volume de vendas no varejista restrito teve queda de 7,6% no acumulado de 12 meses em Santa Catarina. Em setembro, a variação tinha sido de -7,7%, enquanto que em julho de -8,0%. Nesta mesma base de comparação, a receita nominal subiu 3,9%, acima do resultado de 3,8% do mês anterior. Conforme o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, esta pequena redução na queda aponta para uma perspectiva de melhora após 10 meses consecutivos de aprofundamento da retração nas vendas. Em julho, o setor chegou aos piores níveis da série histórica iniciada em 2001.

O setor mais prejudicado foi de eletrodomésticos, que apresentou queda foi de 19,4%. Todos os segmentos apresentaram variação negativa, com exceção do item “outros artigos de uso pessoal e doméstico” com crescimento de 7%. Destaque para os segmentos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosmético (2,2%) e móveis (2,7%) no acumulado de 12 meses.

Para o Brasil, o comércio varejista restrito registrou queda de 8,2% no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano passado- a 19ª taxa negativa seguida. Nesta mesma comparação, a variação da receita foi positiva em 1,9%. No acumulado de 12 meses, o resultado do volume de vendas fechou com queda de 6,8% e a receita nominal variou positivamente em 4,3%, resultado ainda considerado baixo.

“A receita nominal na taxa acumulada em 12 meses sobe pelo segundo mês consecutivo. O resultado, assim como as vendas, ainda é baixo (3,9%), mas aponta para um cenário melhor no futuro. Isso porque a intenção de consumo entrou em recuperação; desde agosto Santa Catarina voltou a criar postos de trabalho; a inflação vem se arrefecendo; as indefinições políticas aos poucos vão se dissipando, o que dá um horizonte mais estável para a política econômica e para o cenário fiscal do Brasil”, explica o economista.

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