Queda na renda das famílias impacta nas vendas do material escolar em Lages
Os comerciantes em Lages sentiram no caixa o peso da recessão na volta às aulas. As papelarias, livrarias e supermercados tiveram a maior queda no faturamento na venda do material escolar (12,5 %) entre as sete cidades pesquisadas pela Fecomércio SC. Na comparação com os demais meses, o período registrou alta de 20,4% na receita, mostrando a relevância do início do ano letivo para o varejo. Com tíquete médio de R$105,33, o terceiro menor do estado, a cidade da Serra também foi a que menos contratou temporários (6,7%) para reforçar o atendimento.
Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas
“A renda das famílias encolheu do ano passado para cá, o que acaba refletindo no orçamento disponível e, consequentemente, no caixa das lojas. Com a retomada da confiança prevista para 2017, os consumidores devem recuperar seu poder de compra e aquecer novamente o comércio catarinense”, conforme o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Os pais e responsáveis optaram pelo pagamento à vista (70%), entre dinheiro (46,7%), débito (13,3%) e crédito (10,0%). O parcelamento no cartão (26,7%) também foi bastante utilizado. O alto índice de compras à vista é considerado um bom sinal para o setor, visto que SC que já amarga percentuais de endividamento e inadimplência na casa dos 57,5% e 18,9%, respectivamente.
Para 40% dos estabelecimentos a frequência de pesquisa de preço foi alta, embora aqueles que consideraram baixa ou razoável empataram em 30%. Os dados são da pesquisa de resultado de vendas realizada pela Fecomércio SC com 405 empresas em Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí e Florianópolis, entre os dias 13 e 15 de fevereiro.