ECONOMIA
Receita do setor de serviços em SC tem crescimento tímido em julho
Quase dois meses após a greve dos caminhoneiros, os reflexos ainda puderam ser sentidos no volume e na receita do setor de Serviços. A receita nominal dos serviços em Santa Catarina subiu 5,3% em julho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto a alta no país foi de 3,7%. Conforme a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (14), a variação ficou em 3,6% no acumulado de 12 meses, diante do desempenho nacional de 2,6%.
No volume de serviços, Santa Catarina e o Brasil registram queda de 0,3% em relação a julho de 2017. No resultado acumulado de 12 meses, o desempenho também é negativo em 0,7% e 1,1%, respectivamente.
De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, o cenário ainda é de bastante cautela por parte da indústria e de crise fiscal nas esferas governamentais, dois dos principais demandantes dos serviços. “O setor só deve deslanchar em 2019. Os serviços foram pouco beneficiados por estímulos governamentais e dependem mais da expansão da massa salarial do que o avanço do crédito. A lenta recuperação é fruto ainda das incertezas políticas e econômicas, que minam a confiança das famílias.”
As atividades turísticas tiveram alta de 3,8% na receita em Santa Catarina e 3,4% no Brasil, se comparado ao mesmo mês do ano passado. O Estado desponta no acumulado de 12 meses com 8,5%, bem acima da média nacional de 2,6%. O comportamento também é diferente no volume de serviços: enquanto o Estado cresce 4,9%, o Brasil retrai 3,2% no acumulado de 12 meses. Já na comparação com julho de 2017, a queda foi de 2,0% em SC e de 1,8% no país.
O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares (-7,5%) e os serviços de informação e comunicação (-2,6%) tiveram os piores resultados na comparação com julho de 2017, enquanto Transporte, serviços auxiliares de transporte correio subiu 16,9%.