Retração se aprofunda no setor de serviços

A Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE, revelou que a receita do setor em Santa Catarina cresceu em maio apenas 0,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 12 meses a receita nominal se encontra em 6,3%. Nos serviços prestados a família o crescimento catarinense no acumulado de 12 meses foi de 12,7%; serviços de informação e comunicação, 6,8%; serviços profissionais, administrativos e complementares, 8,9%; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, 3,4%; e outros serviços 10,8%.

Para a Fecomércio SC, o setor de serviços catarinense sofre os impactos da desaceleração do comércio, cujo volume de vendas se reduz a cada mês, chegando a uma taxa negativa de -0,7% em abril de 2015, no acumulado de 12 meses. A indústria também recuou -5,3% no Brasil e -5% em Santa Catarina, em um ano, segundo dados do IBGE. Os serviços andam juntos com a atividade industrial, especialmente os que se relacionam com os transportes. Também desempenham um papel preponderante na queda dos serviços os cortes orçamentários por parte dos governos federal, estaduais e municipais.

Por fim, o resultado do mês de maio chama atenção para o fato preocupante de já ser o 15º mês consecutivo no Brasil, e o sétimo mês em Santa Catarina, que o faturamento cresce abaixo da inflação do setor no país. Ou seja, cada vez diminui mais a capacidade do setor de repassar o aumento de custos para o preço final, devido à retração da demanda, situação que já está trazendo fortes impactos negativos, ao reduzr as margens de lucro e os investimentos ao setor.

Segunda menor

No Brasil, o setor de serviços registrou, no mês de maio de 2015, um crescimento nominal de 1,1%, na comparação com igual mês do ano anterior, inferior às taxas de abril (1,7%) e março (6,1%), configurando-se como a segunda menor taxa da série iniciada em 2012, sendo a de fevereiro de 2015 (0,9%), a menor. A taxa acumulada no ano atingiu 2,3% e, em 12 meses, 3,8%. Na comparação maio de 2015/maio de 2014, três dos cinco segmentos do setor de serviços registraram variações nominais positivas: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 5,5%; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 0,8%, e Outros serviços, com 0,3%.

Apresentaram variações nominais negativas Serviços prestados às famílias, com -1,4% e Serviços de informação e comunicação, com -0,8%. Em termos de composição da taxa global, as contribuições foram: Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,2 p.p); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3 p.p.); Outros serviços não apresentaram contribuição significativa (0,0 p.p.) e tiveram contribuição negativa Serviços prestados às famílias (-0,1 p.p) e Serviços de informação e comunicação (-0,3 p.p.).